A menor diferença de crescimento entre os dois tipos de instituição se deu no crédito imobiliário, que avançou 2,5% nos públicos e 2% nos privados. Os dados do BC mostram ainda que os bancos públicos de varejo cresceram mais que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) , que responde por cerca de 20% da carteira do setor financeiro estatal.
Consignado
A Caixa, por exemplo, ganhou mercado em todos os segmentos. Os empréstimos para consumo fecharam maio com volume 40% maior que o verificado na média do primeiro trimestre. No crédito consignado, o volume quase dobrou. A abertura de novas contas cresceu 20% na pessoa física e 32% na jurídica nos últimos dois meses.
"Estamos ganhando participação todos os meses, todos os anos, desde 2009, em todos os segmentos. A estratégia de se antecipar ao mercado tem dado resultado. E não é só reduzir juros. É reduzir juros com rentabilidade", disse o vice-presidente de Pessoa Física da Caixa, Fábio Lenza. "Agora, estamos crescendo ainda mais. Até mais que outros bancos públicos."
Nos 12 meses encerrados em abril, as carteiras comercial pessoa física e pessoa jurídica da Caixa cresceram cerca de 50%, acima dos 15% verificados na média do mercado. No Banco do Brasil, foram emprestados R$ 9,9 bilhões em maio para clientes pessoas físicas, novo recorde. O vice-presidente de negócios de varejo do BB, Alexandre Abreu, diz que, desde abril, cerca de 20% dos novos empréstimos têm sido tomados por clientes que não tinham nenhum produto de crédito.
No financiamento de veículos, o volume emprestado diariamente foi multiplicado por oito. Além disso, houve queda da inadimplência de 2,32% em março para 2,22% em abril no banco, ao contrário da média do setor, que registra inadimplência recorde de 5,9% na modalidade. Para Abreu, o calote no banco é menor especialmente porque a instituição empresta recursos de uma maneira diferente, com a concessão de empréstimos pré-aprovados conforme a renda e o perfil de cada cliente.
Fonte: O Estado de S.Paulo