Os bancários de todo o Brasil vão participar da Greve Geral do dia 28 de abril. A decisão foi tomada durante a reunião do Comando Nacional dos Bancários, realizada na sede da Contraf-CUT, na tarde desta quinta-feira (6). O movimento é uma estratégia das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para derrotar a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a terceirização propostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer e chanceladas pelos aliados dos patrões, com mandato parlamentar em andamento. Trata-se de uma iniciativa construída com o conjunto das centrais sindicais.
“Os bancários já perceberam que os bancos estão por trás das reformas que estão precarizando os empregos e as relações de trabalho no Brasil. Sabem que os banqueiros apoiaram fortemente os projetos de lei de terceirização e torcem pela aprovação do PL 6787 que pretende fazer com que o negociado prevaleça sobre a legislação. Pretendem com isso alterar jornadas, férias e outros direitos. Os bancários vão resistir. Vão aderir à greve geral e vão pressionar os deputados nas suas bases eleitorais. Quem votar contra os trabalhadores não volta para o Congresso”, prometeu Roberto von der Osten, presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários.
A orientação é que os sindicatos e as federações se articulem com as centrais sindicais e movimentos sociais que estão organizando o ato em suas regiões para aderir ao movimento. “O comando orientou pela Unidade de ação. Juntos somos mais fortes”, completou o presidente da Contraf-CUT.
O Comando Nacional também debateu a conjuntura e definiu um calendário de lutas unificado da categoria em defesa do emprego, em defesa dos bancos públicos e em defesa dos direitos da classe trabalhadora.
A próxima reunião do Comando Nacional dos Bancários foi marcada para o dia 10 de maio.