A Folha Bancária, que tradicionalmente expressa a posição política da diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo na última edição antes das eleições, foi censurada a pedido da coligação do candidato José Serra (Avança São Paulo – PSDB, PSD, DEM, PV e PR). Os advogados da coligação entraram com uma ação na 1ª Zona Eleitoral de São Paulo solicitando o recolhimento do jornal e a retirada da versão online no site do sindicato e foram prontamente atendidos.
Para a CUT, a decisão usurpa o direito de informação dos/as trabalhadores/as. É uma hipocrisia achar que a mídia é isenta e suas reportagens não têm lado. Têm sim, estão do lado da Casa Grande. Provas desta afirmação estão em todas as edições dos jornais e revistas que, especialmente, em períodos eleitorais deixam absolutamente claras as suas escolhas pelos candidatos "a", "b" ou "c".
Por que nós não podemos assumir publicamente que também temos lado e o nosso lado é totalmente oposto aos deles porque estamos do lado da classe trabalhadora, dos oprimidos, dos que não têm espaço nos grandes jornais?
A CUT sempre defendeu a liberdade de expressão, o direito de todos os cidadãos manifestarem suas opiniões, ideias e pensamentos, sem serem vítimas de um ato tão imoral quanto a censura.
Assim como a CUT, a qual é filiado, o Sindicato dos Bancários tem quase 90 anos de existência e sempre lutou pela democracia e pela liberdade de expressão. Para nós CUTistas não basta apenas lutar por melhores salários, é preciso lutar também por cidadania.
Representamos cidadãos que sofrem diariamente com a ausência de políticas públicas municipais como, por exemplo, saneamento básico, transporte, habitação, saúde e segurança e cumprimos nosso papel lutando também por melhorias nas cidades, nas comunidades, nos bairros onde esses/as trabalhadores/as que representamos passam a maior parte de suas vidas.
A CUT sempre denunciou políticos de todos os partidos que votaram contra os interesses dos trabalhadores e fez manifestações em momentos importantes da história política de São Paulo e do País. Não vamos abrir mão do nosso direito sagrado de pressionar para o avanço no campo democrático popular.
Direção Executiva da CUT
Fonte: CUT