"O crescimento do banco tem que passar pela valorização dos trabalhadores da ativa e aposentados, o que significa negociar e construir soluções para gerar mais empregos e atender as justas reivindicações dos principais responsáveis pelos resultados da instituição", salienta o dirigente sindical.
Novas estratégias do banco
As pequenas e médias empresas deverão ter papel de destaque na expansão pretendida. O segmento, de acordo com Galán, é o que apresenta maior potencial de crescimento no banco. "As pequenas e médias empresas serão os grandes beneficiados pelo processo de bancarização, além de nossa posição atual junto a essa clientela ser menor que a de nossos concorrentes", observou.
Para elevar a participação no chamado "middle market", a estratégia do Santander passa também pela oferta de serviço de "adquirência" (credenciamento de estabelecimentos comerciais e captura de transações com cartões de crédito e débito), mercado no qual concorre com Cielo e Redecard. "Temos grande aspiração de ser um importante jogador nesse setor", afirmou Galán.
A participação de 72% do segmento de varejo nas receitas do banco também está longe do ideal, na visão de Galán. A meta é alcançar um índice de 80%, mas não foi estipulado prazo para tal.
O nome do executivo que vai substituir José de Menezes Berenguer Neto na vice-presidência das operações de varejo do Santander deverá ser anunciado pelo "board" do banco até o fim deste mês. "Essa pessoa ficará mais próxima das agências e dos clientes", ateve-se a dizer Galán sobre a mudança em curso.
Desde julho do ano passado, o banco espanhol colocou em prática o projeto "Santander 3.1", que tem como meta transformar a instituição no primeiro banco de seus clientes em três anos. O projeto está sendo tocado por Juan Manuel Hoyos, que há duas semanas entrou para o quadro de vice-presidentes do banco.
Com um índice de Basileia de 19,9% no fim de 2011, o Santander pretende manter a atual política de distribuição de dividendos, equivalente a 50% do lucro (em IFRS), segundo Galán. Por conta das novas regras de Basileia 3, há a perspectiva de que os bancos passem a reter mais lucro para compor patrimônio.
Fonte: Contraf-CUT com Valor Econômico