Dados sindicais demonstram que quase 60% dos trabalhadores do mundo não têm um contrato de trabalho seguro e outros 75% não dispõem de proteção social. Somado a isso, uma recente sondagem conduzida pela CSI em 13 nações, mostrou que 7 em cada 10 pessoas acreditam que a legislação trabalhista de seu país não protege a estabilidade de emprego.
O presidente da CUT, Artur Henrique, corrobora as afirmações de Sharan e acrescenta: "é fundamental e necessário estabelecer como pilar do documento final da Rio+20 a equidade e a justiça social".
Para Artur, a construção de um novo mundo é essencial para preservação da humanidade. Neste sentido, afirma o dirigente, "o documento final da Conferência da ONU tem de ter compromissos e metas concretas de construção de um novo modelo de desenvolvimento, de fato, sustentável".
As organizações sindicais defenderam a adoção na Rio+20 de uma estratégia que persiga o objetivo de trabalho decente para todos, com linhas especificas para erradicar o trabalho precário, diminuir o desemprego e promover a proporção de empregos verdes e decentes, assim como a equidade de gênero.
A construção deste novo modelo, diz o presidente da CUT, pressupõe transição justa. "Para isso", afirma, "é necessário um sistema de proteção social universal e a garantia de trabalho decente, que pressupõe liberdade de organização e direito de negociação, igualdade entre homens e mulheres, saúde e segurança no trabalho e o combate ao trabalho escravo e infantil".
"Estamos falando sobre um longo processo de transformação no mundo do trabalho. Defendemos a idéia de que não há emprego em um planeta morto, portanto, se queremos manter nossos trabalhos, eles terão que tornar-se sustentáveis", disse Sharan Burrow.
Fonte: CUT/CSI