O governo federal oficializou nesta quinta-feira, dia 24 de março, a mudança na composição da diretoria da Caixa Econômica Federal. A presidenta Maria Fernanda Ramos Coelho foi substituída pelo vice-presidente de Governo, Jorge Hereda.

A pasta de Hereda foi assumida por José Urbano Duarte. Geddel Vieira Lima foi nomeado para a vice-presidência de Pessoa Jurídica. Outros cinco vice-presidentes foram substituídos ou mudaram de área, incluindo as de Pessoa Jurídica e de Tecnologia. Márcio Percival, vice-presidência de Finanças e responsável pela compra do banco Pan-Americano, continua no cargo.

A alteração é expressiva. Tem-se, de fato, uma nova direção. A questão que se põe é se a troca de nomes implicará também em novo rumo para a Caixa.

A empresa seguirá se afirmando como instituição pública a serviço da transformação do país ou tomará caminho diferente, com risco de retrocesso? O momento é, sim, de alerta e de prontidão para o movimento dos empregados, com vistas a combater eventuais indícios de mudança de rota.

E colocar-se a postos para o enfrentamento a eventuais retrocessos implica, antes de tudo, em reforçar posicionamento em defesa da Caixa como banco voltado para o desenvolvimento social, com atendimento qualificado aos cidadãos e com respeito e valorização aos bancários.

A Fenae apresenta-se na trincheira da luta, ao lado da Contraf/CUT, dos sindicatos e das demais representações dos empregados da ativa e dos aposentados da Caixa, para preservar as conquistas obtidas ao longo dos últimos oito anos, a começar pela mesa de negociações permanentes com a empresa, e para buscar avanços no trato das reivindicações dos trabalhadores, sobretudo no que se refere à melhoria das condições de trabalho, à prevenção e assistência à saúde e à remuneração.

Entre as conquistas do último período, que ora apontamos como fundamentais, os destaques são os reajustes reais de salários, o aumento progressivo no número de contratações, a redução da terceirização, a implantação do Saúde Caixa, do novo PCS e do PFG, a retomada das promoções por merecimento, a democratização da Funcef e a solução de pendências e de problemas históricos no fundo de pensão.

O fim da discriminação aos participantes do REG/Replan da Funcef, a isonomia entre todos os empregados, o tíquete para os aposentados e a agilidade na efetivação do representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, reivindicação que constou da pauta de reivindicações de 2010 e que foi recentemente contemplada por portaria do Ministério do Planejamento, destacam-se entre medidas que a nova direção da empresa precisa tomar com urgência.

A Fenae conserva abertos todos os canais para o diálogo, ao passo que se considera preparada para as mobilizações que se fizerem necessárias.

DIRETORIA DA FENAE

Fonte: Fenae