"Por não ter conta-corrente, esse segmento não tem acesso a empréstimos com taxas mais baixas como o CDC (Crédito Direto ao Consumidor). Dessa forma, penaliza-se a faixa mais pobre da população, que paga juros mais altos nos crediários de lojas", disse a representante do Idec, que foi convidada pelo Ipea a participar da apresentação do estudo, na última terça-feira 11.
Além disso, diz Gunn, "a oferta de crédito de forma responsável deveria ser uma das principais funções sociais dos bancos para promover o desenvolvimento social e econômico do país". Mas como isso não acontece, essa função não é sequer reconhecida pela população: o estudo também mostrou que apenas uma minoria absoluta – 4,5% dos bancarizados entrevistados pela pesquisa – acreditam que emprestar dinheiro é a principal função dos bancos.
Parcial
A representante do Idec também comentou que o resultado da pesquisa foi "parcial" pois só incluiu dois itens a serem avaliados pelos entrevistados. O resultado – 78,2% de satisfeitos com segurança nas agências e 62,7% com o horário de atendimento ao público -, segundo ela, não reflete a realidade dos Procons em todo o país, onde os bancos são campeões em reclamação.
"Itens como envio de cartões não solicitados, que é muito comum nas queixas dos consumidores, e cobranças de tarifas indevidas, outra reclamação bastante frequente, deveriam fazer parte da pesquisa".
Fonte: Seeb São Paulo com Idec