Na Paraíba, estima-se que no biênio 2018/2019 terão 880 novos casos de câncer de mama e, desses, 240 ocorrerão na capital. No que se refere ao câncer de colo do útero estima-se 370 novos casos para o Estado e 80 novos casos para a capital.
De acordo com a médica Roseane Machado, diretora do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC) estão disponíveis para atender a rede SUS 18 serviços com mamógrafos, sendo 13 públicos e cinco privados, conveniados com o Sistema Único de Saúde. Os exames de mamografias são ofertados pelos municípios.
Ela ainda informou que o estado possui cerca de 304.415 mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos, mas que abaixo dessa faixa etária as mamografias diagnósticas são para os grupos com fatores de risco elevado para câncer de mama e que os exames de rastreamento no CEDC são realizados em mulheres a partir de 40 anos de idade.
Dados revelam que no mundo, o câncer de mama é um dos três tipos de maior incidência, junto com o de pulmão e o colorretal, e é o que mais acomete as mulheres em 154 países dos 185 analisados. Este tipo de câncer, segundo a instituição, é o quinto em mortalidade no mundo, com estimativas em torno de quase 630 mil registradas em 2018.
Casos no Brasil
No Brasil, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgadas pelo Femama, o de mama também é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres no país (excluídos os tumores de pele não melanoma).
Para 2019, foram estimados 59 mil casos novos, o que representa uma taxa de incidência de 51,29 casos por 100 mil mulheres. A única região do país em que o câncer de mama não é o mais comum entre as mulheres é a Norte, onde o de colo de útero ocupa a primeira posição.
Com uma taxa de 13,68 óbitos/100 mil mulheres em 2015, a mortalidade por câncer de mama está crescente e está no topo da lista de causa de morte por câncer nas mulheres brasileiras. O Sul e o Sudeste são as regiões que apresentam as maiores taxas de mortalidade, com 15,26 e 14,56 óbitos/100 mil mulheres em 2015, respectivamente.
A incidência da doença aumenta em mulheres a partir dos 40 anos. Abaixo dessa faixa etária, a ocorrência da doença é menor, bem como sua mortalidade, tendo ocorrido menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres. Já a partir dos 60 anos o risco é 10 vezes maior.
A importância diagnóstico precoce
Embora outubro concentre a maior parte das ações, o Inca e o Ministério da Saúde (MS) recomendam que as atividades sejam continuadas ao longo do ano e que as mulheres estejam atentas aos sinais e sintomas do câncer de mama todos os meses.
A campanha reforça três pilares estratégicos no controle da doença: prevenção primária, diagnóstico precoce com incentivos para que a mulher observe o próprio corpo e mamografia de rastreamento [exame de rotina], a cada dois anos.
Além disso, os hábitos saudáveis podem reduzir em até 28% o risco de uma mulher desenvolver câncer de mama. Entre eles estão:
- Praticar atividade física regularmente;
- Alimentar-se de forma saudável;
- Não fumar;
- Ter o peso corporal adequado;
- Não ingerir bebidas alcoólicas;
- Evitar uso de hormônios sintéticos em altas doses.