Epa lembra que a dívida se refere aos dois anos que os participantes do Plano Básico deixaram de pagar as contribuições quando o Bandepe foi privatizado. Na época, o Real comprou o banco e tentou acabar com a Bandeprev, fechando as contribuições. "Tentamos, inclusive, efetuar o pagamento das mensalidades em juízo, mas o fundo de pensão não autorizou. Só conseguimos retomar o Plano Básico e restabelecer as contribuições quando o Real foi vendido para o Santander", explica o dirigente.
Na carta enviada aos participantes, o fundo de pensão propõe o parcelamento dos débitos com a cobrança de toda a correção monetária até 30 de setembro passado. "Os valores cobrados são abusivos. Os juros equivalem a quatro salários mínimos, é uma correção maior que a da poupança", destaca Epa.
Para o dirigente sindical, os bandepeanos têm real interesse solucionar o impasse, pois é o futuro de suas aposentadorias que está em jogo. "Mas não vamos pagar esses juros e, por isso, os participantes não devem assinar a proposta de acordo da Bandeprev. O Sindicato vai continuar a luta para modificar a proposta e, com muita pressão, vamos impedir que os bancários sejam prejudicados. Até porque a Bandeprev é superavitária e podemos encontrar uma solução negociada para a dívida", afirma Epaminondas.
Fonte: Seec PE