A secretária-geral da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Ione Santana de Oliveira, acompanhou no final de semana os três dias de debates no Fórum Social Mundial (FSM) Temático da Bahia, com os três filhos e o marido. Ela já havia participado de dois outros fóruns, incluindo o do ano passado em Belém. Entre as discussões que conseguiu acompanhar, priorizou as que trataram do movimento sindical, do assédio moral no ambiente de trabalho, da precarização do emprego e da terceirização da mão de obra.

"Debatemos no fórum o futuro do Brasil. Estou com a família toda, todos engajados na luta porque tudo o que temos hoje foi conquista dos trabalhadores, dos oprimidos – não foi nenhum governo que deu, foi o movimento social", disse.

Ricardo Maia é integrante do movimento ambientalista de Salvador e também participou dos três dias de encontro. Para ele, o fórum serve como oportunidade para tratar de temas que levam a melhorias sociais. "É importante que as pessoas participem, se informem sobre o que aconteceu e sobre o que vai acontecer nos próximos fóruns para que não fiquemos alienados e sem compromisso com as questões que nos afetam", afirmou.

Na área ambiental, os destaques, segundo ele, foram as mesas que trataram das mudanças climáticas, do encontro em Copenhague e do atual momento, definido pelo próprio ambientalista como o "de remediar os danos e de visualizar que um outro mundo é possível".

Antônio Lourenço de Andrade também integrou o movimento ambientalista presente no fórum e, como muitos outros, teve dificuldade para acompanhar as mesas. "Tivemos poucas chances de falar o que pensamos porque as discussões ficaram muito dispersas, em locais diferentes. Ficou meio fragmentado, não deu para ter uma ideia geral", disse. O resultado: voltou para casa com um projeto na área em que trabalha ainda sem conclusão, já que não pôde acompanhar tudo o que queria.

Merongue Tapurumã é pataxó da aldeia Caramuru, na Bahia, e participou do Fórum Social Mundial pela primeira vez. Segundo ele, tudo o que foi absorvido das mesas de debate vai ser levado para a aldeia e repassado aos colegas mais jovens.

"No fórum, a gente conhece pessoas de culturas diferentes e mostra quem somos nós, povos indígenas. É a primeira vez mas voltaria a participar em 2013, com certeza", disse, ao se referir à candidatura da capital baiana para sediar o evento.

Fonte: Paula Laboissière – Agência Brasil

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