"A decisão do governo equatoriano é de não reconhecer o novo governo paraguaio", disse Rafael Correa a uma emissora de TV do Equador. "O que aconteceu é absolutamente ilegítimo."
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, declarou que seu país não reconhecerá o novo governo de Federico Franco, ao considerar que foi consumado um golpe de Estado no Paraguai.
"A Argentina não vai validar o golpe de Estado que se acaba de consumar na República do Paraguai", disse a jornalistas na Casa do Governo.
Na Bolívia, o presidente Evo Morales afirmou à agência oficial ABI que o novo governo do Paraguai "não surge das urnas" e convocou "os governos da América Latina a fazer uma única frente e a se unir para defender a democracia no Paraguai e o presidente Lugo."
O mandatário venezuelano, Hugo Chávez, também se juntou aos líderes sul-americanos e disse durante um evento público em Caracas que o impeachment foi um "golpe da burguesia paraguaia… uma farsa para toda a nossa América."
O novo presidente do Paraguai disse que ordenou ao seu chanceler, José Félix Fernández Estigarribia, que explique aos países vizinhos que a mudança abrupta de governo foi "completamente constitucional" e que não há ambiente de golpe de Estado no país.
Procurado, o Itamaraty informou que qualquer ação a ser tomada pelo governo brasileiro será realizada no âmbito da Unasul.
O presidente equatoriano disse ainda que na próxima semana poderá ocorrer uma reunião da Unasul para tratar da situação.
Fonte: Reuters / Reportagem de Magdalena Morales, em Buenos Aires; de Carlos Quiroga, em La Paz; de Eduardo García, em Quito; de Deisy Buitrago e Juan José Lagorio, em Caracas; e de Eduardo Simões, em São Paulo