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Crédito: Imprensa/SindBancários
greve_rs_passeatao_06102010.jpgCom cornetas, apitos e gritando palavras de ordem, mais de 800 bancários fizeram muito barulho e protestaram contra o silêncio da Fenaban e dos bancos públicos em passeatão que percorreu nesta quarta-feira, dia 6, as principais ruas do Centro de Porto Alegre.

A marcha, iniciada na Rua Caldas Júnior, em frente ao prédio da Direção Geral do Banrisul, culminou com um ato público em frente ao Palácio Piratini, onde a categoria tomou os arredores e denunciou a truculência da Brigada Militar contra os grevistas.

"Bancário, na rua / banqueiro a culpa é tua", cantavam os participantes. À frente da passeata, dirigentes sindicais citavam as reivindicações e refutavam a postura gananciosa dos bancos. O barulho do motor e buzinas dos carros e os gritos dos vendedores ambulantes eram abafados nos locais em que a marcha passava.

Já em frente à sede do governo do Estado, os bancários condenaram a postura da Brigada Militar, que tem coagido os grevistas e agido de forma truculenta nos piquetes. Ao fim do ato, os participantes entoaram o hino riograndense. Diversas entidades demonstraram apoio à greve, entre elas a CUT-RS e o Sindjus-RS. O deputado estadual Ronaldo Zulke (PT) também participou da manifestação e prestou sua solidariedade à paralisação dos bancários.

Avaliação

O presidente do SindBancários, Juberlei Bacelo, louvou a disposição e a vontade dos bancários, que fizeram do passeatão desta quarta a maior manifestação da greve de 2010 até agora. "Os bancos nos deram o caminho da greve e estão vendo que cada vez mais trabalhadores aderem ao movimento. Eles estão perdendo tempo quando não apresentam novas propostas. Os bancários estão cada vez mais indignados e o movimento cresce diante dessa intransigência", alertou.

Juberlei ainda condenou a posição dos bancos públicos, que suspenderam as negociações, enquanto poderiam estar evoluindo na discussão das pautas específicas. "A Fenaban está virando uma moita para os bancos públicos. Eles simplesmente se escondem atrás da mesa de negociação e não apresentam propostas aos bancários", lamentou.

Banrisul

Momentos antes da largada do passeatão, os banrisulenses debatiam pela primeira vez neste ano a pauta específica com a direção do banco. Os bancários que se preparavam para a caminhada foram os primeiros a serem informados que as negociações não evoluíram. A resposta: uma forte salva de vaias. Nova negociação acontecerá nesta sexta-feira, dia 8, às 10h30.

Fonte: Imprensa/SindBancários

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