Depois de assumir o controle da GetNet em julho, o Santander Brasil decidiu mudar o comando da empresa de cartão. Pedro Coutinho, que até o começo deste mês era vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios do banco, assumirá a presidência da companhia gaúcha especializada na captura de transações com cartões, segundo o Valor apurou.

Em um negócio anunciado em abril, o Santander pagou R$ 1,1 bilhão para ser dono de 88,5% da GetNet. Antes, Santander e GetNet tinham apenas uma joint venture, sendo que cada sócio tinha 50% de participação de uma empresa de captura de pagamento eletrônico no varejo.

Hoje, a GetNet é comandada por José Renato Hopf, executivo que, ao lado de Ernesto Correa da Silva, criou a empresa de captura de cartões. Ambos permanecem como acionistas da GetNet.

Com o controle da companhia, o Santander quer se tornar mais competitivo na disputa com as duas maiores empresas do setor, Cielo e Rede (ex-Redecard), principalmente no atendimento às grandes varejistas, que trazem escala à operação.

Desde 1997 no Santander, Coutinho era vice-presidente de rede até o começo deste ano. Em janeiro, assumiu a recém-criada vice-presidência de desenvolvimento de novos negócios, onde já era responsável indiretamente pela GetNet. Também tinha sob seu comando as áreas de agronegócio e de crédito consignado.

Em entrevista ao Valor em maio deste ano, Jesús Maria Zabalza Lotina, presidente do Santander Brasil, afirmou que essa recém-criada área tem como objetivo desenvolver negócios nos quais o banco queira “crescer de maneira rápida e não-orgânica”.

Além da aquisição da GetNet, o Santander anunciou no fim de julho uma parceria com o banco Bonsucesso para buscar a expansão no crédito consignado.

Com a saída de Coutinho, a área de novos negócios fica com o espanhol Oscar Rodrigues Herrero, que era vice-presidente de riscos de crédito e de mercado do Santander. Esse lugar, por sua vez, foi assumido pelo também espanhol Antonio Pardo de Santayana Montes, que era responsável pela área de recuperação de créditos do banco.

Fonte: Valor Econômico / Carolina Mandl