Ex-presidente da Caixa Econômica Federal que enfrenta ações de denúncias de assédio moral e sexual, agora é alvo de processo do Conselho de Ética da Presidência da República
Réu em processo administrativo e judicial por práticas de assédio moral e sexual, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães enfrenta agora a abertura de um processo da Comissão de Ética Pública da Presidência da República por uma outra denúncia: um suposto favorecimento na liberação de crédito para um microempresário indicado pela ex-primeira dama Michelle Bolsonaro.
A denúncia foi recebida em 20 de novembro de 2023, e o processo foi aberto na última segunda-feira, 23 de setembro. A informação foi publicada no site R7.
Entenda o novo caso
O processo foi aberto em função da suspeita de que a ex-primeira-dama teria solicitado ao então presidente da Caixa, ainda durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), que atendesse um empresário dentro de um programa de créditos aberto pelo banco público durante a pandemia de Covid-19, pedido que teria sido atendido por Guimarães.
O Conselho de Ética da Presidência é responsável por administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Administração Federal, além de se manifestar em consultas sobre a existência de conflito de interesses e apurar, mediante denúncia ou ofício, condutas em desacordo com as normas.
Guimarães responde a dois processos abertos durante sua gestão a frente da Caixa: Em junho de 2022 ele foi acusado por várias trabalhadoras da estatal, de assédio sexual, incluindo relatos de “aproximação física” e “ toques indesejados”. No ano passado, a Justiça Federal de Brasília aceitou denúncia do Ministério Público Federal, e Guimarães virou réu por assédio sexual e moral. Ele é alvo também de um processo por constranger empregados da estatal, obrigando-os a realizar, publicamente, flexões no horário de trabalho, numa alusão a uma prática comum do ex-presidente Bolsonaro como forma de marketing pessoal para agradar seu eleitorado.
A Caixa fechou um acordo de R$10 milhões com a Justiça do Trabalho para encerrar o processo por casos de assédio moral e sexual supostamente cometidos por Guimarães, cujo valor será revertido para instituições sem fins lucrativos. O ex-presidente da instituição nega todas as acusações.
Fonte: Imprensa SeebRio / Carlos Vasconcellos