Com a medida, o governo também vai diminuir os reajustes dos benefícios assistenciais, previdenciários, além do abono salarial e do seguro-desemprego, baseados no piso salarial do país.
Paulo Guedes sempre deixou claro que defende que o salário mínimo seja corrigido apenas pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC ) e não mais pela Política de Valorização do Salário Mínimo, bandeira da CUT, iniciada no governo Lula em 2004 e mantida por Dilma Rousseff. Até Bolsonaro assumir o poder, o salário mínimo era reajustado pela inflação medida pelo INPC mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes.
Teto dos Gastos Públicos
Desde que o golpista Michel Temer (MDB/SP) conseguiu aprovar no Congresso Nacional a Emenda Constitucional (EC) nº 95, que limita os gastos públicos por 20 anos, os governos pós-golpe de 2016, tentam fechar as contas sem estourar o teto, mas colocam a conta nas costas da classe trabalhadora.
A projeção do governo Bolsonaro é economizar R$ 5,2 bilhões no Orçamento de 2020, com a revisão para baixo do salário mínimo, para manter as contas dentro do que limita a EC 95.
A proposta já foi encaminhada ao Congresso, que terá a decisão final se o reajuste do salário mínimo perderá poder de ganho como quer o banqueiro Paulo Guedes.
Redação CUT