“Eu quero dizer que vocês procuraram a pessoa certa para a luta, porque vou lutar até o último momento da minha vida”, afirmou o ex-presidente Lula, no encerramento da Segunda Jornada da Democracia, que aconteceu nesta quarta (13), no centro de Curitiba.
“Não há nesta história quem governasse para o povo e não fosse perseguido”, afirmou o ex-presidente Lula, ao se referir a perseguição jurídica e midiática que sofre ao ser denunciado inúmeras vezes sem qualquer prova.
Depois de mais duas horas de depoimento ao juiz Sérgio Moro, Lula foi emocionado para os braços de mais de 7 mil pessoas que estavam no ato de solidariedade ao ex-presidente.
“Eu cometi um erro imperdoável para a elite brasileira. Por 12 anos os trabalhadores tiveram aumento real e o salário mínimo foi anualmente revisado”.
Entretanto, Lula não esmorece: “Eu não vou cansar. Quem tem senso de justiça e não morreu de fome na seca do Nordeste não tem o que temer. Eu vou provar que posso consertar este país”.
Lula foi ouvido na ação penal em que é acusado de ter recebido propina da Construtora Odebrecht na compra de um terreno que seria para o Instituto Lula, que a própria construtora comprou e vendeu sem nunca ter pertencido à entidade do ex-presidente. Na mesma ação, Lula é acusado de ser dono do apartamento vizinho àquele em que mora, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Segundo a denúncia do Ministério Público, essa propina seria contrapartida por favorecimentos da construtora em contratos com a Petrobrás.
Depois de ouvir os participantes bradarem, com ironia, “Lula ladrão, roubou meu coração”, o ex-presidente afirmou que virá a Curitiba quantas vezes forem necessárias, porque acredita que a verdade vai acabar prevalecendo.
“Eu tenho consciência e ao invés de ficar nervoso eu fico orgulhoso porque depois de 2 anos gravando filmando e acompanhando minha vida, até agora não encontraram nenhuma verdade nas acusações que fazem contra mim”, completou.
Apoio e solidariedade
A presidenta do PT, Gleise Hoffman lembrou que é normal numa democracia que tenha gente que não gosta do Lula e do PT, “mas que enfrente a gente nas ruas deste país e nas urnas”.
“O que nos move é a luta por um país justo, inclusivo e humano”, destacou.
O presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas justificou o medo que a elite tem da candidatura de Lula. “Eles deram um golpe para tirar direitos e isso só acontece num governo ilegítimo, que troca emenda por votos”.
Para Vagner, a presunção de uma parcela do Ministério Público sem acusação ilegal é totalmente ilegítima. “Temos que consagrar que eleição sem Lula é fraude”, destacou.
as deliberações do Congresso Extraordinário que aconteceu no mês de
O presidente da CUT ressaltou agosto. Além da Campanha do Projeto de Lei de Iniciativa Popular para anular a Reforma Trabalhista com a coleta de mais de um milhão e 300 mil assinaturas, a CUT definiu uma agenda de mobilizações.
“Nesta quinta (14) é Dia Nacional de Luta e no 3 de outubro a ação será em defesa das empresas públicas. Dia 11 de novembro começa a vigorar a antirreflrma que tira direitos e vamos nos manifestar sobre isso. E no dia em que eles colocarem a Reforma da Previdência para votar, o brasil vai parar”, finalizou.