Para os analistas da Fitch, o desafio do setor está em gerenciar esse crescimento dos empréstimos mantendo a qualidade dos ativos.
"Descartando um segundo fundo no processo de recuperação (double dip), a Fitch espera que uma pressão negativa sob a qualidade dos ativos em função de uma nova rodada de crescimento crédito só deva surgir em meados de 2011."
Segundo a agência, essa cautela com a qualidade do crédito no próximo ano decorre da expectativa de uma menor demanda por empréstimos, aliada a uma maior competição. Vetores que podem levar alguns participantes a reduzir as exigências de originação de crédito.
A Fitch também fez comentário sobre a economia de forma mais generalizada, apontando que o Brasil está bem posicionado para crescer em 2010. A agência também ressalta que não espera que nenhuma reforma econômica ou institucional seja implementada neste ano.
E não descarta algum aumento de incerteza conforme as eleições presidenciais se aproximarem. Ainda assim, a Fitch ressalta que espera nenhum distanciamento das políticas atuais após as eleições.
Para a agência, o Brasil crescerá 5,5% em 2010 e poderá passar por um período de inflação de demanda devido ao crescimento acima de seu potencial.
Fonte: Valor Online