Se bancos não atenderem reivindicações da categoria, 60% vão aderir à greve; 79% não votará em parlamentares que votaram à favor da reforma trabalhista – Os bancários estão dispostos a paralisar as atividades para que as reivindicações da Campanha Nacional Unificada 2018 sejam atendidas pelos bancos. Isso é o que mostram os resultados da consulta feita pelo Comando Nacional do Bancários à categoria.
Sindicatos de todo o país colheram as respostas dos bancários de agências e departamentos por meio de formulário físico e pela internet. Os dados apontam que 60% dos trabalhadores vão aderir à greve caso as reivindicações da categoria não sejam atendidas e as assembleias deliberem pela paralisação.
“É uma prova de que a categoria entendeu que seus direitos estão em risco e, se não se mobilizar, todas as conquistas obtidas em décadas de lutas podem deixar de existir”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).
Prioridades
A pesquisa também apontou que, para 25% da categoria, a prioridade da campanha deve ser a conquista do aumento real. Outros 23% querem que a prioridade seja a manutenção de direitos e 18% o combate ao assédio moral. A garantia do emprego (15%) e impedir a terceirização (14%) vieram na sequência.
A 20ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou a reivindicação de um reajuste para repor a inflação (INPC/IBGE) mais 5% de aumento real.
Quem votou não volta
A pesquisa também mostra que, para 73% dos bancários, a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017) foi péssima para o trabalhador e que 79% não votará nos deputados e senadores que votaram favorável à nova lei.
O Comando Nacional dos Bancários planeja uma campanha para mostrar aos bancários e à toda a sociedade quais foram os parlamentares que votaram à favor da reforma.