A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) realizou uma pesquisa com as mulheres da categoria entre os dias 28 de janeiro e 11 de fevereiro para saber quais bandeiras de luta as bancárias acreditam que devam ser priorizadas no próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As bancárias que participaram da pesquisa tiveram a possibilidade de escolher até cinco temas de prioridade, dentre uma lista de 13 opções, construída pelo Coletivo Nacional de Mulheres da Contraf-CUT, a partir das pautas que mais tem mobilizados as lutas feministas por todo o Brasil.

“Poder ter este canal para ouvir a categoria foi fundamental. Muitas vezes a gente não consegue ter a dimensão dos problemas que mais incomodam no local de trabalho no dia a dia. Por isso, mais do que dados estáticos, o resultado nos trouxe os sentimentos que estavam escondidos nas agências e departamentos bancários de todo o país”, disse Elaine. “A partir destes resultados vamos nos mobilizar, construir o material de campanha e pensar ações estratégicas para combater esses fantasmas que assombram as trabalhadoras bancárias na rua rotina de trabalho”.

O resultado

O “Fim da violência contra a mulher e feminicídio” foi a proposta com o maior número de votantes. Do total de participantes, 78,58% escolheram esta opção.

A proposta com o segundo maior número de votantes (65,74%) foi “Fim do assédio sexual e da cultura do estupro”. “Igualdade de oportunidades e salários” veio logo em seguida, com 62,20% das votantes. Das cinco mais votadas, as duas últimas propostas com mais votos foram “Combate ao Racismo e todas as formas de discriminação contra as mulheres” e “Políticas de emprego decente/ Não ao trabalho precarizado”, com 46,55% e 44,69%, respectivamente.