Os trabalhadores do Santander estão paralisando agências em todo país, fortalecendo a greve nacional dos bancários para arrancar uma proposta decente da Fenaban. Mas também estão de olho no Banesprev. Nesta semana ocorreram duas importantes reuniões que debateram questões de interesse dos participantes do fundo de pensão dos banespianos.

Grupo Técnico de Trabalho

A primeira reunião foi a do Grupo Técnico de Trabalho (GT), realizada na terça-feira, 22 de setembro, o quinto encontro do GT para tratar da reforma estatutária do Banesprev.

As discussões giraram em torno dos dez destaques feitos pelos represetantes das entidades sindicais na proposta apresentada na assembleia de 1º de agosto.

O Santander ainda não mostrou sua posição para a composição do Conselho Deliberativo. Desta forma, as decisões finais foram adiadas para a próxima reunião, que está marcada para o dia 6 de outubro.

"Queremos saber todas as propostas do banco para nos reunirmos e analisarmos o que poderemos aceitar ou discordar", avalia o diretor e representante da Contraf-CUT no GT e ex-diretor administrativo do Banesprev, Camilo Fernandes.

O presidente da Afubesp e representante do Sindicato dos Bancários de São Paulo no GT, Paulo Salvador, destaca que "a composição é muito importante e será decisiva para um acordo global sobre as propostas".

A reivindicação dos sindicalistas é que seja feita a eleição de mais um membro para o Conselho Delibertativo, para ocupar a vaga da antiga Direp, o que totalizaria três eleitos e quatro indicados pelo Santander. Este formato impediria que a empresa tivesse o quórum de dois terços para a tomada de decisões.

Para Paulo Salvador, este ponto é crucial para os participantes e assistidos dos Planos II, III e IV, os que contribuem com o Banesprev.

Conselho de Administração

No dia seguinte, 23 de setembro, foi realizada a reunião do Conselho de Administração do Banesprev, que analisou 12 pontos do cotidiano da instituição, desde o balanço semestral até casos de suspensão dos benefícios.

Entre os assuntos abordados estão os desdobramentos da assembleia de 1º de agosto. A maioria do conselho decidiu por esperar a conclusão dos trabalhos do GT – que não poderá passar de 13 de novembro – quando então será realizada uma reunião extraordinária do Conselho para decidir sobre nova assembleia e/ou plebiscito para referendar ou não as deliberações daquela conturbada assembleia.

A diretoria da Afubesp lembra que nenhuma decisão de reforma estatutária entrará em vigor sem a aprovação em assembleia e, caso não tenha quórum, deverá ocorrer plebiscito.

Fonte: Érika Soares – Afubesp

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