Na última quinta-feira (4), o Sindicato dos Bancários da Paraíba realizou plenária virtual com empregad@s da Caixa Econômica Federal para discutir os ataques do (des)governo Bolsonaro aos direitos do funcionalismo e o desmonte da instituição financeira pública. Em duas horas de debate, os empregados falaram sobre os problemas cotidianos e sugeriram estratégias para barrar o desmonte do banco público e resgatar a autoestima, os direitos, a proteção contra o contágio pelo coronavírus e melhores condições de trabalho.
Os trabalhos foram coordenados pelo presidente do Sindicato, Lindonjhonson Almeida, com a participação das diretoras da entidade e empregadas da Caixa, Silvana Ramalho e Paula Brito.
Na abertura, o presidente deu as boas-vindas e explicou que essa primeira plenária tinha o objetivo de mobilizar @s empregad@s da Caixa, que desde o início da pandemia é o segmento da categoria que mais sofre por estar na linha de frente do pagamento do auxílio emergencial e outros benefícios sociais. “O objetivo é ouvir nossos representados que trabalham em uma instituição que está na mira da privatização, que não segue os protocolos de segurança para minimizar o contágio pelo coronavírus e ainda impõe o cumprimento de metas absurdas, dentre outras atrocidades contra quem se doou de corpo e alma para bem servir à nação e está convivendo com agências superlotadas, tudo graças ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que só se interessa em seguir as ordens de seu amigo Bolsonaro. Então, temos que sair dessa plenária com informações que reforcem a nossa luta e a mobilização em defesa dos direitos da categoria bancária e dos bancos públicos, especialmente a Caixa Econômica Federal”, arrematou.
A secretária-geral do Seeb-PB e empregada da Caixa Econômica Federal, Silvana Ramalho, saudou os presentes e ressaltou os objetivos do evento. “Essa conversa foi provocada para ouvirmos os companheiros e as companheiras sobre suas dificuldades cotidianas e os problemas vivenciados nos seus respectivos de trabalho, tanto os que estão em teletrabalho quanto os que estão em atendimento presencial. Todos esses ataques que estamos sofrendo não são por acaso, mas orquestrados pelo desgoverno Bolsonaro que tem aliados como o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que é privatista de carteirinha e anda o Brasil inteiro dizendo que está trabalhando em prol da empresa, quando sabemos que ele não está nem aí para a situação dos empregados e muito menos da instituição financeira que ele está desmontando e levando à privatização esse patrimônio do povo que tem 160 anos de serviços prestados ao país. Portanto, devemos estar unidos e mobilizados para a luta em defesa dos nossos direitos e da Caixa 100% Pública”, conclamou.
Paula Brito, empregada da Caixa e secretária de relações intersindicais do Sindicato, agradeceu aos que participaram da plenária, após um exaustivo dia de trabalho, mas questionou a pouca participação da base. “Pela quantidade de denúncias que recebemos diariamente sobre os mais variados problemas, esperava uma participação maior. O importante é temos aqui um público qualificado e interessado na discussão dos problemas. Juntos, traçaremos estratégias para melhorar as condições de trabalho da categoria durante essa pandemia”, disse. Em seguida, a dirigente sindical fez um paralelo entre a Caixa e outros bancos, quanto aos cuidados com o combate ao contágio pelo coronavírus. “Quando falamos em proteção à vida, a Caixa é o banco mais negligente nessa pandemia. Até os bancos privados estão agindo com mais cautela em relação ao coronavírus. Quando um empregado adoece, a agência é fechada, passa por um processo de sanitização e os empregados são testados. Na Caixa, praticamente, todos os dias ficamos sabendo de um caso de infecção, já temos até relatos de reinfecção, mas o banco segue lotando agências, como se nada estivesse acontecendo. Nem os protetores de acrílico nas mesas de atendimento comercial se dispuseram a colocar, expondo mais ainda os empregados. É desumano trabalhar nessas condições”, desabafou.
A participação na plenária foi intensa e muito valiosa nos conteúdos trazidos à discussão, cujas demandas serão sistematizadas e levadas ao conhecimento da direção da Caixa Econômica Federal e às entidades representativas d@s empregad@s da instituição financeira pública.
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