Desde o início da manhã deste 1º de Maio, policiais militares e funcionários da prefeitura de São Paulo procuram tumultuar a realização dos atos da CUT e parceiros no Dia Internacional do Trabalhador em São Paulo.

No final da tarde, quando os manifestantes já haviam deixado a Avenida Paulista e desciam em passeata a Rua da Consolação, a PM desenhou mais um capítulo desse show de horrores ao usar de artifícios pitorescos para impedir que a manifestação democrática de avançar, como denunciou a direção da CUT-SP,.

“O coronel responsável por essa operação dialogou diretamente com nosso advogado e acordamos que este caminhão na Consolação que guiaria a marcha desceria. Mas, quando fomos procurar o motorista, não o encontramos e descobrimos que as chaves do veículo e os documentos foram confiscados pela polícia que sumiu”, relatou o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres.

Porém, mesmo com esse obstáculo, a manifestação com mais de 200 mil pessoas seguiu embalada pela intervenção do grupo Ilú Obá de Min rumo à Praça da República, onde aconteceram as apresentação de artistas como Emicida, Mc Guimê e Leci Brandão.

Para o presidente da CUT-SP, o episódio é um reflexo do momento que o Brasil vive. “Isso é censura, não há alegação para que o nosso caminhão seja proibido. Isso é a censura da Polícia Militar, um absurdo que estamos vivendo. O Brasil está sob um Estado de exceção, o nosso direito de manifestação não está garantido” reagiu Douglas Izzo.

Secretário de Mobilização da CUT-SP, João Gomes, aproveitou para mandar um recado aos golpistas. “Não adianta baixar a repressão, enfrentamos a ditadura e vamos continuar na luta para defender os nossos direitos, inclusive de livre manifestação”, alertou.