Crédito: Alexandre Vieira / Agência O Dia

Alexandre Vieira / Agência O Dia

Tiroteio e mortes durante abastecimento da agência da Caixa


A tentativa de assalto na terça-feira (8) terminou em tiroteio, correria, pânico e duas mortes – o sargento Marcelo Afonso de Oliveira, de 41 anos, e o vigilante Edson Paciência Brandão, de 42 anos -, na zona norte do Rio de Janeiro. A ação criminosa ocorreu em frente à agência da Caixa Econômica Federal na Avenida Sargento de Milícias, na Pavuna. Um suspeito, Luciano Rodrigues, foi preso e levado para o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, onde morreu.


A Divisão de Homicídios (DH) recolheu imagens de câmeras externas do banco e de um posto de combustível na região. Nesta quarta-feira (9) deverá ser feito o retrato falado do homem que matou o PM. Segundo policiais, três bandidos seriam do Morro da Providência, no Centro. 

Quatro bandidos renderam o mesmo número de vigilantes da empresa Transvip, que abasteciam o banco, às 9h30. Mais de 30 pessoas aguardavam em fila do lado de fora da agência na hora que começou a troca de tiros entre eles.


Policiais do 41º BPM (Irajá) chegaram ao local do crime durante o tiroteio. Quando avistaram os PMs, os quatro bandidos tentaram fugir. Houve perseguição. 


Luciano foi capturado com uma pistola. Em um posto de gasolina na Rua Cícero, a cerca de 300 metros da agência bancária, o sargento Marcelo Afonso de Oliveira conseguiu alcançar um criminoso.


O bandido fingiu se entregar, mas se atracou com o policial e iniciou uma briga. O assaltante puxou a pistola do PM e atirou na cabeça do sargento. O criminoso fugiu em um Siena preto, que estava estacionado próximo ao posto, onde um cúmplice já o esperava.


Testemunhas contaram que os bandidos estavam escondidos entre os carros estacionados em frente à agência quando os vigilantes saíram do banco. "Os assaltantes chegaram atirando nos seguranças. Foi uma correria total, parecia cena de guerra", descreveu uma dona de casa. O vigilante morreu na hora, com três tiros. 


Sargento teria atirado para o chão


Policiais na Divisão de Homicídios explicaram que o sargento poderia ter atirado no bandido, mas disparou um tiro de fuzil para o chão, como advertência, antes de ser dominado. O subcomandante do 41º BPM, major Uirá Nascimento, disse que a morte do policial foi a primeira na história do batalhão numa ocorrência de assalto.


"Apesar de ser uma região violenta, estamos trabalhando para diminuir os índices de assalto. Agora, vamos fazer um estudo de casos para orientar melhor nossos agentes", afirmou o major Uirá.


O sargento estava na Polícia Militar havia 18 anos, um deles no batalhão de Irajá. O enterro será hoje, às 13h30, no Cemitério Jardim da Saudade, na Sulacap, na Zona Oeste.


Bando estudou rotina no banco


Segundo o delegado da DH Giniton Lajes, a quadrilha estudou a rotina da chegada do dinheiro na agência da Caixa. "Eles foram surpreendidos pela reação dos vigilantes, mas chegaram preparados para assaltar o carro-forte", avaliou. 


Antes de morrer, o suspeito preso forneceu, em seu depoimento, o nome de alguns criminosos do Morro da Providência, no Centro, que tem UPP. A DH deteve dois homens no morro, mas não há indicação da participação deles no crime. 


Fonte: Contraf-CUT com O Dia