O policial militar Paulo Roberto Gomes Ribas, 42 anos, foi morto em tiroteio com uma quadrilha que na madrugada de sábado (14) explodiu um caixa eletrônico na agência do Banco do Brasil em Dom Feliciano, no interior do Rio Grande do Sul.

Com mais de 20 anos de carreira, ele havia trocado de batalhão para atender ao pedido de um colega, que queria estudar em Pelotas – cidade natal de Ribas e que fica próxima ao município de Arroio do Padre, onde ele estava lotado.

Em sua primeira grande ação na cidade, Ribas tombou na troca de tiros com os assaltantes que explodiram a agência do BB.

– O meu primo morreu com um tiro de fuzil no rosto e um (revólver calibre) 38 na cintura. As polícias precisam se organizar e receber investimentos, senão vamos acabar enterrando mais colegas, mais amigos. O meu primo era um profissional de extrema competência, um pai de família responsável e um amigo do peito – diz o PM Paulo César Ribas, familiar do soldado morto.

A manhã de domingo (15) foi de comoção. Colegas e amigos prestaram as últimas homenagens ao PM no Cemitério São Francisco de Paula, em Pelotas. Ribas deixa a mulher e um filho de cinco anos. Ela preparava a mudança de Pelotas para Dom Feliciano, onde o casal havia iniciado o financiamento de uma casa e tinha escolhido viver até o PM encerrar a carreira na corporação.

Bancos do Sul volta a ser alvos

A Polícia Civil e a Brigada Militar estão em alerta com uma nova onda de ataques com explosivos no Estado. Em menos de 10 dias, duas agências bancárias na Região Sul foram alvo de quadrilhas – em Tapes, no dia 5, e em Dom Feliciano.

O delegado Juliano Ferreira acredita que os ataques tenham relação:

– O cenário é muito parecido, e isso nos faz acreditar que o crime de Tapes tenha ligação com o de Dom Feliciano. Mas são várias quadrilhas agindo aqui no Estado e também no país, o uso de explosivos é o novo modo de assaltar bancos.

Fonte: Contraf-CUT com Zero Hora