
O Sindicato dos Bancários da Paraíba acompanha a Comissão Nacional dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil (CNFBNB) na defesa intransigente dos funcionários do BNB, com relação ao Registro Eletrônico de Ponto (REP) e respeito à jornada de trabalho.
Assim como acontece no Ceará, onde fica a sede do BNB, as reclamações de todos os segmentos dos funcionários sobre o funcionamento do Registro do Eletrônico de Ponto acontecem em todo o país.
Gerentes de unidades operadoras reclamam de pressão exercida pelas Superintendências Estaduais, quanto à obrigatoriedade do funcionário registrar o ponto exatamente ao final de sua jornada, sem que o Banco ofereça as condições para a realização dos serviços e cumprimento das metas.
Os funcionários estão apavorados com a forma como são obrigados a registrar sua jornada de trabalho segundo a lógica do Banco, que distorce o uso do ponto eletrônico. Os bancários são forçados pelos gestores a registrarem a saída pelo ponto eletrônico dentro da jornada legal; mas continuam trabalhando de forma ilegal, sem a devida anotação e, consequentemente, sem receber pelas horas EXTRAS trabalhadas.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques condena essa arbitrariedade praticada no BNB. “O não pagamento das horas extras já é um crime, que se torna ainda mais grave quando esse absurdo acontece institucionalizado dentro de um banco público, que deveria dar o bom exemplo”, desabafa.
O diretor do SEEB – PB e funcionário do BNB, Robson Luís, chama a atenção para o fato de o sistema do Banco aceitar que um mesmo funcionário tenha acesso simultâneo a diversas estações de trabalho. “Essa fragilidade do sistema possibilita que o gestor principal, que não precisa ‘bater ponto’, habilite diversas estações para que seus subalternos realizem as mais diversas tarefas, sem configurar a extrapolação da jornada”, explica.
Robson também lamenta a atitude alguns bancários que cedem às pressões do banco e colocam até seu emprego em risco. “Ao disponibilizar sua senha para que terceirizados realizem serviços bancários, inclusive além da jornada, o funcionário coloca em risco o sigilo bancário e sua carreira profissional, uma vez que o mesmo fica sujeito a ser penalizado por fraudes que porventura sejam cometidas por quem usa sua senha”, concluiu.
A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba está solicitando, através da CNFBNB, uma audiência com a Superintendência de Relações Humanas do BNB com o objetivo de buscar soluções para os problemas decorrentes da implantação do Ponto. Uma sugestão é que o BNB adote o mesmo modelo de ponto eletrônico praticado atualmente pelo Banco do Brasil.
NÃO TRABALHE DE GRAÇA – O Sindicato orienta os funcionários do BNB a não aceitarem trabalhar fora da jornada, após o encerramento do ponto eletrônico.