O relatório mensal do BC mostra que clientes depositaram R$ 95,9 bilhões nas cadernetas no decorrer de maio. Boa parte do valor, no entanto, foi retirada no próprio mês, o que impede o rendimento dos depósitos que precisam ficar 30 dias para receber juros. Ao todo, os saques somaram R$ 93,7 bilhões. Os depósitos antigos – até abril – renderam R$ 1,57 bilhão. No último dia de maio, o total das contas existentes era de R$ 334,87 bilhões.
"O crescimento da economia tem aumentado a renda e o número de empregados, o que cria condições para o aumento da poupança, principalmente entre os clientes de menor renda", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Ele observa que a expansão da atividade aliada à inflação sob controle tem dado a muitos clientes de classes menos favorecidas a chance de fazerem uma poupança pela primeira vez na vida.
Além de serem muito populares até mesmo entre os clientes com pouca familiaridade com o sistema bancário, as cadernetas têm como vantagem a isenção do Imposto de Renda e da taxa de administração, que são cobrados nos fundos, diz Colombo.
Para o especialista, a expectativa de trajetória de alta do juro básico da economia, a Selic, deve reduzir a atratividade das cadernetas nos próximos meses.
Fonte: O Estado de São Paulo