Com baixa nos preços do barril do petróleo e do dólar, redução vem sendo estudada entre governo e Petrobras. Diesel também deverá ter redução de 4% por litro
A Petrobras deve anunciar ainda esta semana uma redução nos preços da gasolina e do gás de cozinha. O assunto vem sendo debatido entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o ministro de Minas e Energia Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates.
A previsão é de uma queda de R$ 0,30 no preço do litro da gasolina e R$ 15 no botijão de 13 quilos do gás de cozinha. A redução deverá impactar também no preço do diesel, com queda de 4% (R$ 0,10 por litro).
De acordo com a Petrobras, o que haverá é uma atualização da política de preços praticada pela empresa, que está defasado, fazendo com que os preços praticados ano Brasil sejam maiores do que deveriam ser.
No trimestre encerrado em abril, o preço do petróleo recuou cerca de 8,7%. O câmbio (variação do dólar), também recuou em cerca de 1,1%. O gás natural, por causa dessa variação, somente este ano, já acumula uma redução de 19%.
PPI
A política de preços da estatal, chamada de Política de Paridade de Importação (PPI) foi adotada durante o governo de Michel Temer (MDB) e permaneceu durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), períodos em que o preço do barril do petróleo teve alta em sua cotação internacional e a variação do dólar no Brasil também avançou, tornando mais caro o preço dos combustíveis no país, ainda que o Brasil seja produtor de petróleo.
Esta política deverá ser revista pelo atual governo. Para o presidente Lula, reduzir preços é fundamental e contribui para a queda da inflação.
Já o presidente da estatal, Jean Paul Prates, em março deste ano, afirmou que, apesar da PPI, a Petrobras pode reduzir os preços sempre que puder vender mais barato.
“A empresa adota o Preço de Paridade de Importação (PPI) como uma referência e não como um dogma (…)o melhor preço para a empresa é o preço próximo da referência internacional’, disse Prates.
Segundo ele, se no exterior o preço do petróleo diminuiu e reduziu em insumos para refinarias e a Petrobras tem que “corresponder para o consumidor final’.
“Não preciso estar necessariamente amarrado ao preço do importador, que é meu principal concorrente. Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar”, afirmou o presidente da estatal.
Fonte: CUT/Editado por Rosely Rocha