De acordo com o Dieese, o preço também aumentou nas 17 capitais no primeiro trimestre, com destaque para as elevações de 17,92% em Recife, 15,04% em João Pessoa, 13,96% em Salvador, 12,59% no Rio de Janeiro e 11,2% em São Paulo. As menores altas no ano são as de Fortaleza (3,09%), Belo Horizonte (4,86%) e Belém (5,58%).
Na comparação com março de 2009, o valor caiu apenas em Goiânia (-1,10%). Os maiores aumentos foram registrados em Recife (15,12%), São Paulo (14,35%) e João Pessoa (12,35%).
Com a forte alta, aumentou também o total de horas necessárias para o trabalhador que ganha salário mínimo adquirir a cesta básica. A média, em março, chegou a 94 horas e 38 minutos, ante 88 horas e 52 minutos em fevereiro. Em março de 2009, o período era maior: 96 horas e 12 minutos.
Segundo o Dieese, o principal responsável pela alta de fevereiro para março foi o tomate, com aumentos em todas as capitais, atingindo 75,39% em Curitiba, 73,13% em São Paulo, 67,78% em João Pessoa e 64,31% no Rio de Janeiro. Em 12 meses, o preço do tomate subiu 117,10% no Rio, 109,72% em João Pessoa, 99,31% em Recife e 70,43% em Florianópolis.
"Além do preço elevado, o tomate está com baixa qualidade", diz o instituto. "As condições climáticas adversas desorganizaram a produção, e tornaram necessário o replantio nas principais regiões produtoras. Após este procedimento são necessários cerca de três meses para a colheita. Assim, no momento a oferta é pequena e o preço teve alta."
Fonte: Vitor Nuzzi, Rede Brasil Atual