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A presidenta Dilma Rousseff afirmou, nesta quinta-feira (13), em entrevista coletiva no Rio de Janeiro, que o trabalho de prevenção para evitar catástrofes como a que aconteceu ontem (12) na região serrana do estado, deve ser realizado em conjunto entre os governos federal, estadual e municipal.
"Essa é uma questão que jamais achamos [no governo Lula] e, no meu governo, continuarei não achando que o problema é do estado e do município. É um problema do governo federal de fazer uma política de saneamento e habitação. É um problema do governo estadual fazer a mesma política e somar esforços e não é um problema do município de ordenar devidamente a ocupação do solo urbano. O que está certo é que a gente diminua o efeito dessas chuvas. Essa é a nossa missão", disse.
Governo vai antecipar Bolsa Família e aluguel social
O governo federal vai antecipar o pagamento do benefício do Bolsa Família e do aluguel social (beneficío que a família recebe para custear outra casa) aos moradores das cidades fluminenses atingidas pelas chuvas dos últimos dias. O anúncio foi feito pela presidenta, após sobrevoar os municípios da região serrana do Rio de Janeiro.
"Nós vamos atender os desabrigados, os 5 mil, com algumas medidas. Uma delas é o aluguel social, a outra, estamos antecipando o Bolsa Família e o benefício da prestação continuada. Essa é uma ação específica para esse momento", disse Dilma.
Ela ressaltou, no entanto, que, para acabar com os problemas de deslizamentos e alagamentos nas áreas urbanas, será preciso colocar em prática uma política de habitação. "Temos que ter uma política de habitação no país. A última que tivemos foi na época do BNH [Banco Nacional de Habitação]. Depois, agora no governo do presidente Lula, fizemos o Minha Casa, Minha Vida e continuarei com o Minha Casa, Minha Vida 2", disse.
"Não há como resolver o problema de retirar as pessoas se não der moradia", pontuou a presidenta.
Ao lado da presidenta, o governador Sérgio Cabral fez um apelo para que as prefeituras proíbam a construção de casas em áreas de risco. "Aqui não pode construir. É duro dizer isso, mas tem que dizer", afirmou.
Dilma negou que as Forças Armadas irão trabalhar na reconstrução das cidades afetadas, pois, segundo a presidenta, o país dispõe de empresas capazes de atuar nessa situação.
Fonte: Agência Brasil