Segundo Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa do Banco do Brasil, se o banco for privatizado, todo o retorno que o banco dá para a sociedade, vai para o banco privado. “O interesse não vai ser mais do Brasil e sim de quem for o dono deles. Além de colaborar com o desenvolvimento do país, o Banco do Brasil ainda dá lucro de 12 milhões, como podemos conferir no balanço dos lucros do ano passado”, ressaltou Wagner.
Caixa e BNDES na mira das privatizações
Na esteira do discurso liberal, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, destacou que, no mês passado, a Caixa deu início à venda de ativos e afirmou que o banco “vai fazer a abertura de capitais” dos segmentos de seguridade, loterias, cartões e assets.
O governo Bolsonaro e a nova direção do banco vêm promovendo diversos ataques contra os funcionários e contra o caráter público da Caixa. O presidente Pedro Guimarães já anunciou que pretende fatiar a empresa e privatizá-la em pedaços. Áreas que estão entre as mais lucrativas do banco estão na mira da nova direção do banco.
O presidente o BNDES Joaquim Levy endossou a defesa da cessão de empresas públicas ao setor privado, tendo em vista que, para ele, “o estado brasileiro se tornou muito grande”.
Ele destacou que o BNDES está trabalhando com vários estados na privatização, sobretudo, do setor de energia, mas que há mais a ser feito. “As privatizações marcam o fim do papel social que as empresas públicas cumprem em nosso país. Não podemos permitir que isso aconteça. Não só os bancos públicos estão sob ameaças, mas também o emprego de muitos trabalhadores e trabalhadoras do ramo financeiro.”
Para Nascimento, um presidente do BB que desconhece sua importância para o país não deveria estar no cargo que ocupa. “Como ele não é de carreira, não fez concurso, veio de uma indicação política, talvez falta ao presidente conhecer mais sobre a importância e papel do Banco do Brasil para o desenvolvimento do país.”