Também foram detidos a vereadora do PSOL Fernanda Melchionna, uma professora, um professor, um servidor público e um fotógrafo do Cpers. A causa das detenções não foi confirmada pela Brigada Militar (BM), mas estava relacionada a "atitudes agressivas", conforme o coronel João Carlos Trindade.
Os manifestantes foram retirados da região logo depois que chegaram à Rua Araruama, no bairro Vila Jardim. Eles foram deslocados para a esquina com a Rua Licinio Cardoso. A seguir, se retiraram da área, embarcaram em quatro ônibus e estavam se deslocando para a Praça da Matriz, no centro da Capital.
A intenção do protesto era pedir o impeachment da governadora. O Cpers colocou uma réplica de uma escola feita de lata para mostrar sua indignação sobre os estabelecimentos provisórios utilizados no estado. O material foi retirado pela BM.
O desabafo da tucana
A governadora Yeda Crusius respondeu duramente à manifestação promovida pelo Cpers. Ela relatou à Rádio Gaúcha que, ao saírem da residência para irem à escola, seus netos depararam com os manifestantes e começaram a chorar.
– A violência e o absurdo são tão grandes que só posso descrever com os meus netos. Crianças de oito e 11 anos saem chorando de casa. Esses falsos professores, eles não são professores porque professores não torturam crianças. Saiu o carro com minha filha e as crianças, mas duvido que possam fazer aula ou provas em condição normal. Tive que pedir desculpa para os meus netos. Vocês não são professores. Vocês são torturadores de crianças.