O Principal Group vai ter exclusividade para vender produtos de previdência complementar nas agências do Banco do Brasil, por meio da Brasilprev, durante os próximos 23 anos. Essa foi a condição que permitiu que o BB aumentasse de 49,99% para 74,99% a sua participação no capital total da Brasilprev, sem fazer nenhum pagamento em troca.

O valor do negócio é estimado em R$ 550 milhões, ou um quarto do valor de mercado da Brasilprev, que foi estimado em R$ 2,2 bilhões. Pelos cálculos das empresas que assessoraram o negócio, o acesso ao balcão do BB durante 23 anos vale exatamente R$ 550 milhões se trazido a valor presente.

Anteontem, o Valor antecipou que o BB e o Principal Group concluíram negociação para renovar parceria firmada em 1999, que expirou ontem. O novo acordo prevê que o BB irá aumentar de 49,99% para 74,99% a sua participação no capital da Brasilprev. A participação do Principal Group será reduzida de 46,01% para 25,005%. O Sebrae está negociando a venda de sua participação, equivalente a 4% do capital, para o Principal Group.

Embora o BB tenha passado a deter uma parcela maior do capital, e dos lucros distribuídos, o Principal Group terá o controle da companhia, com 50,01% das ações ordinárias. Assim, a empresa segue privada e com agilidade para crescer em um mercado altamente competitivo. O BB terá 49,99% das ações ordinárias e 100% das preferenciais. A operação foi confirmada por meio de fato relevante e, ontem, os principais executivos das duas empresas concederam entrevista para explicar os detalhes.

"Previdência não é uma atividade só bancária, por isso precisamos de um parceiro com expertise e funcionários altamente especializados", diz o presidente do BB, Aldemir Bendine. "Decidimos continuar com o Principal Group em virtude dos excelentes dez anos de experiência que tivemos juntos."

"O BB representa para nós um excelente canal de distribuição de nossos produtos, e estamos bastante animados com as oportunidades de longo prazo desse negócio", afirma Larry Zimbleman, presidente mundial do Principal.

O acordo prevê a venda dos produtos da Brasilprev só no Brasil, mas, segundo Bendine, ele pode ser estendido a outros países caso o BB leve adiante os planos de internacionalização. A administração de recursos captados via Brasilprev continuam a cargo da BB DTVM.

Fonte: Valor Econômico

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