O coordenador do Procon/JP, Watteau Rodrigues, informou que 32 postos de combustíveis foram autuados até a tarde desta quinta-feira 28 devido ao reajuste injustificado da gasolina comum em João Pessoa. Agora, os estabelecimentos terão um prazo de dez dias para apresentarem justificativa para o aumento.

Segundo ele, na última segunda-feira 25 o Procon realizou uma pesquisa que demonstrava que estava existindo concorrência de preços nos postos da Capital, mas sem nenhuma justificativa o valor do litro da gasolina comum foi elevado.

“Há uma demonstração clara de que está havendo alinhamento de preços, pois os empresários não podem ir dormir e sonharem em elevar igualmente o valor da gasolina para R$ 2,39. Isso não é possível, é um crime”, afirmou.

O menor preço do produto, que era R$ 2,090 na última segunda, é encontrado nesta quinta por R$ 2,174. De acordo com o levantamento realizado hoje pelo Procon, 49 postos aumentaram o valor do produto dentre os 94 postos pesquisados, com 32 praticando o mesmo preço.

Watteau disse também que, além de autuar os postos, o Procon está notificando 10 distribuidoras de combustíveis que atendem os postos da Capital, para que prestem esclarecimentos sobre o reajuste da gasolina e também do álcool, uma vez que o órgão constatou que está havendo vinculação do preço dos dois combustíveis.

“Notificamos também as distribuidoras para que elas apresentem as notas fiscais dos combustíveis vendidos nos últimos dois meses. Assim, estamos ampliando o foco das investigações”, afirmou.

O coordenador cobrou ainda um posicionamento firme do Ministério Público Estadual (MPE), através da Promotoria do Consumidor, para coibir a postura dos donos dos postos e das distribuidoras.

“O Procon está fazendo a sua parte, mas é preciso que o Ministério Público também faça a sua, para que não ocorra o que aconteceu no mês de fevereiro quando enviamos um relatório comprovando o alinhamento do preço em R$ 2,44 e o depoimento de um empresário de Mangabeira, do estabelecimento Extra Petróleo, declarando que foi coagido pelos outros empresários a aumentar os preços e o MPE até agora não se posicionou”, afirmou. 

WSCOM Online / Cristiano Teixeira