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A Contraf-CUT, que mais uma vez não foi ouvida pela Globo, avalia que a medida também é inócua e não resolve o problema. "Em vez de proibir o uso do celular, é preciso impedir que olheiros possam visualizar as transações dos clientes, como os saques em dinheiro", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr.
A reportagem destaca que São Paulo se juntou a outras 34 cidades brasileiras (22 paulistas e outras 12 em outros estados) que proibiram o uso de celular dentro das agências. Um projeto de lei foi aprovado na última semana pela Câmara Municipal.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, que também não foi entrevistado, enviou carta ao prefeito Gilberto Kassab, solicitando o veto ao projeto.
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Já a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que foi ouvida na reportagem, apoia a medida e voltou a jogar a responsabilidade para a segurança pública e o judiciário. "Você precisa ter uma ação efetiva da polícia e dos órgãos de segurança, seja Polícia Militar, seja Polícia Civil, seja Polícia Federal. Inclusive até o Poder Judiciário, através de leis que penalizem e tipifiquem certos tipos de crimes que estão sendo cometidos", afirmou o diretor técnico da Febraban, Wilson Gutierrez.
A Globo ainda informou que, no Estado do Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa derrubou o veto do governador Sérgio Cabral e colocou em prática uma lei estadual que proíbe o uso do celular nos bancos. Em vigor há quatro meses, o número de ocorrências não diminuiu no Rio.
"Eu acho que é uma transferência de responsabilidade do estado, porque o estado tinha de promover a segurança, e não proibir o uso de celular ou qualquer coisa", disse o assessor comercial Wanderlei Rodrigues de Araújo, ouvido pela reportagem.
O diretor da Contraf-CUT concorda que há uma transferência de responsabilidade. "Mas, em primeiro lugar, é dos bancos para os clientes e a sociedade, na medida em que esse crime tem início dentro das agências e não são tomadas medidas para garantir a privacidade das transações, como a instalação de biombos entre a fila de espera e a bateria de caixas, a colocação de divisórias individualizadas entre os caixas, inclusive os eletrônicos, e a ampliação das câmeras para todos os espaços internos e externos de circulação dos clientes", salienta Ademir.
Fonte: Contraf-CUT com Bom Dia Brasil da Globo