Em reunião realizada na última sexta-feira, 17 de março, entre a CEE/Caixa (Comissão Executiva de Empregados da Caixa) e representantes da Caixa, o banco público assegurou a distribuição linear de um delta para os empregados elegíveis na Promoção por Mérito, uma reivindicação do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região e demais entidades representativas dos trabalhadores da Caixa.

A Caixa também se comprometeu a antecipar o pagamento da Promoção por Mérito 2022, normalmente feito em abril, até o fim de março.

“No final de 2022, na gestão anterior da Caixa, cobramos a definição dos critérios para a Promoção por Mérito. Porém, a então direção do banco tentou impor a GDP como único critério, inclusive para o primeiro delta, que seria distribuído aos empregados classificados nos quadrantes ‘bom desempenho’ e ‘desempenho excelente’. Não aceitamos esta imposição e defendemos a distribuição linear de um delta para todos os elegíveis, o que conquistamos agora, nesta nova gestão, já que mais uma vez os critérios não foram definidos a tempo para que houvesse condições de cumpri-los durante o ano passado”, explicou Luiza Hansen, dirigente do Sindicato, Apcef/SP e integrante do GT de Promoção por Mérito.

Direção da Caixa, em 2022, queria usar GDP para promoção por mérito

De acordo com a Caixa, devido ao orçamento disponível, não há possibilidade de pagamento do segundo delta na Promoção por Mérito 2022.

Respeito aos fóruns de negociação

Na mesma negociação, a CEE/Caixa reforçou aos representantes do banco a importância do respeito aos fóruns de negociação, uma vez que a Caixa publicou em suas redes internas notícia sobre a distribuição linear do delta, que posteriormente foi apagada, mesmo que a medida tenha sido uma reivindicação direta da representação dos empregados, que não foram previamente comunicados.

A reunião extraordinária da última sexta-feira 17 ocorreu após solicitação da CEE/Caixa diante do anúncio equivocado da distribuição do delta sem comunicação prévia aos representantes dos empregados, que integram o GT de Promoção por Mérito.

GT Promoção por Mérito

Após cobrança da CEE/Caixa, a Caixa se comprometeu a iniciar as negociações para debater os critérios da Promoção por Mérito 2023 até a primeira quinzena de maio. Conforme sinalização feita pelo banco em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a nova presidenta da Caixa, Rita Serrano, a GDP não será utilizada como critério de avaliação das Promoções por Mérito seguintes.

“Os empregados da Caixa, representados por suas entidades, querem debater e participar da construção desta nova ferramenta. Também defendemos que, diante da possibilidade orçamentária, o segundo delta seja distribuído proporcionalmente para todos os empregados com contrato de trabalho ativo”, enfatiza o diretor executivo do Sindicato e empregado da Caixa, Francisco Pugliesi, o Chico.

Promoção por Mérito é conquista

Forma de progressão no Plano de Cargos e Salários (PCS), junto com a promoção por antiguidade – que é devida ao empregado a cada dois anos -, a promoção por merecimento deixou de ser aplicada em 1996. Após 1998, a situação agravou-se, pois os empregados admitidos a partir desta data foram enquadrados em um novo PCS, que, na carreira administrativa, possuía apenas 15 referências.

Assim, a última referência do PCS, que seria alcançada pelo empregado somente após 30 anos de trabalho, considerando as promoções por antiguidade a cada dois anos e a ausência da promoção por merecimento, era apenas R$ 944 maior que a referência de ingresso na Caixa.

Em 2008, os empregados da Caixa conquistaram a unificação dos PCS de quem foi admitido antes e depois de 1998 – com regras consignadas no Acordo Aditivo dos empregados da Caixa – ampliando o teto e restabelecendo as promoções por merecimento.

O atual PCS conta com 48 referências, sendo a a última (248) R$ 9.725, diferença de R$ 6.395 entre a referência final e a inicial. Considerando a concessão de um Delta merecimento a cada ano e o Delta por antiguidade a cada dois anos, o empregado pode alcançar o topo do novo PCS após 32 anos trabalhados na Caixa.

Fonte: Seeb – SP