Crédito: Jailton Garcia
Grupos de trabalho aprofundaram propostas dos funcionários do BB
Rede de Comunicação dos Bancários (*)
Para facilitar o debate nos quatro grupos, a Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, que assessora a Contraf-CUT nas negociações com o banco, sistematizou as propostas aprovadas nos eventos preparatórios, a fim de identificar e organizar os consensos e as polêmicas. Também foram analisadas as sete teses inscritas, verificando igualmente os pontos convergentes e os divergentes.
As propostas aprovadas na plenária final deste domingo entrarão na pauta específica do funcionalismo do BB, que será discutida com o banco concomitantemente com a negociação da minuta nacional de reivindicações da categoria bancária, que será debatida com todos os bancos (inclusive BB) na mesa única da Fenaban.
Para William Mendes, secretário de formação da Contraf-CUT e coordenador nacional da Comissão de Empresa, o debate realizado nos grupos evidenciou o árduo trabalho feito pelos bancários pela construção de uma campanha Nacional que mantenha a unidade e inverta a lógica do assédio moral, da prática antissindical e do lucro a qualquer custo no BB.
"O banco tem copiado as piores práticas do mercado de trabalho. Queremos um BB público de verdade, que respeite o funcionalismo e atenda a sociedade em sua totalidade. Para isso, precisamos inverter a lógica do BB 2.0 sobre a terceirização, exclusão da sociedade e o assédio moral institucional nos trabalhadores", afirma William.
Banco do Brasil e Sistema Financeiro Nacional
O vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos de Souza, avalia que o grupo contribuiu com a discussão de propostas que dialogam diretamente com a sociedade. Entre elas, ele destaca a luta pela convocação da Conferência Nacional do Sistema Financeiro. "É necessário levar este debate para a sociedade, e o BB, como banco público, precisa ser pró-ativo neste processo", defende.
Organização do movimento
O grupo discutiu e aprovou uma série de estratégias de mobilização do funcionalismo para a Campanha Nacional deste ano. Foram deliberadas orientações aos bancários e os formatos das atividades que serão realizadas pelos trabalhadores.
Também foi debatida a relação do banco com os dirigentes sindicais e os delegados sindicais. O assunto foi considerado extremamente relevante para o processo negocial. "O debate foi rico e democrático", frisou Eduardo Araújo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília. Todos os itens das teses relacionadas à organização do movimento foram apresentados e discutidos pelos integrantes do grupo.
Saúde e previdência
Com a aprovação de 51 itens, sendo 33 relacionados à saúde e 18 na área de previdência, o grupo chegou a consenso sobre assuntos de grande relevância para os funcionários do BB.
"Conseguimos cumprir à risca o regimento interno do 23º Congresso Nacional dos Funcionários do BB. Tudo foi debatido e aprovado da forma mais democrática possível", destacou Wagner Nascimento, diretor da Fetraf-MG.
O grupo discutiu à exaustão todos os itens apresentados pelos encontros estaduais do funcionalismo fazendo emendas aos textos originais.
Remuneração e condições de trabalho
O tema foi amplamente discutido no grupo e é ressaltado pelo diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Ernesto Izumi, como motivador, o que levou os participantes a promoverem intensos debates e aprovação de diversos consensos.
"O Congresso é parte de um processo bem iniciado com as assembleias e encontros estaduais, demonstrando seu teor democrático. Esperamos neste domingo aprofundar as questões remetidas para plenária final, valorizando ainda mais o 23º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil", conclui Ernesto.
(*) José Luiz Frare, Júnior Barreto e Rodrigo Couto
Fonte: Contraf-CUT