Crédito: Seeb São Paulo
Seeb São Paulo Pressão constante para o cumprimento de metas cada vez mais pesadas, adoecimentos e assédio moral são problemas frequentes hoje no Banco do Brasil, uma instituição pública que tem adotado a lógica de obter lucro a qualquer custo. Revoltados com esses problemas, os trabalhadores organizaram atos de protesto nesta quarta-feira 8, em frente às agências USP (zona oeste), Vila Maria (zona norte), e Boulevard, no Complexo São João (centro), em São Paulo.

"O modelo de gestão adotado pelo banco aposta no assédio moral e no desrespeito aos clientes, com discriminação e venda de produtos muitas vezes desnecessários", critica o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo e funcionário do BB, Erico de Souza Brito.

Um dos locais do protesto, a agência USP, foi palco recente de um caso emblemático de assédio moral, que resultou na transferência de sete funcionários. "Ao invés de tomar providências contra o problema, o banco apostou no caminho inverso, punindo trabalhadores. Estamos defendendo os funcionários e garantimos todo o apoio para continuar a luta por justiça", ressalta Erico.

Entre as denúncias feitas contra a ex-gerente da agência USP, algumas exemplificam o mau atendimento reservado a correntistas e usuários. "Há relatos de que a gestora mandava implantar pacotes de serviços sem autorização dos clientes, ou que dificultava a antecipação de parcelas pelo correntista, para não diminuir os juros de empréstimos. E ainda, que alguns clientes eram orientados a usar o auto-atendimento ao invés de entrar na agência, numa atitude de clara discriminação e para burlar o sistema de controle de atendimento, o GAT", conta.

Mas a agência USP, ressalta o dirigente, não é um caso isolado. "Infelizmente a diretoria do BB vem adotando uma administração cujo único objetivo é o lucro, tornando-se uma instituição pública sem compromisso com a população ou com seus funcionários."

Erico informa que o Sindicato vai agendar uma conversa com o novo superintendente de varejo para a capital. "Ele substituiu um gestor que incentivava a pressão e o assédio moral nas agências e que chegou a mencionar em reuniões que gerente bom é aquele que faz o funcionário chorar. Esperamos que o novo ocupante do cargo não faça o mesmo, por isso queremos levar até ele esses problemas."

Fonte: Andréa Ponte Souza – Seeb São Paulo