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Seec Pernambuco
Manifestação em frente à agência da Caixa em Pernambuco

Os bancários da Caixa Econômica Federal realizaram nesta quarta-feira (20) uma série de protestos e manifestações em todo o Brasil em mais um Dia Nacional de Luta por condições dignas de trabalho. Em Pernambuco, o protesto se concentrou na agência de Peixinhos, símbolo do descaso do banco com seus clientes e empregados.

Segundo a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello, as agências e postos de atendimento da Caixa estão um verdadeiro caos. “A agência de Peixinhos, por exemplo, tem apenas sete empregados para atender milhares de pessoas que passam todos os dias pela unidade. Não há nem os itens básicos de segurança na unidade, já que o local é muito pequeno. Não há espaço para os biombos entre os caixas, por exemplo, e os empregados e clientes ficam expostos e vulneráveis”, explica.

Jaqueline conta que todas as agências inauguradas recentemente pela Caixa em Pernambuco estão nessas condições: pouquíssimos bancários e muitos clientes. “Também estamos protestando contra as metas abusivas e o assédio moral, que estão acabando com a saúde dos bancários”, diz.

Por condições dignas de trabalho

As más condições de trabalho são a principal queixa dos empregados da Caixa. Na maioria das vezes, apesar do registro de algumas melhoras substanciais nos últimos anos, a situação nas unidades da empresa está aquém do considerado ideal e saudável para os trabalhadores.

Além da Caixa não oferecer condições adequadas de trabalho, constata-se ainda o descaso com que a empresa lida com as denúncias e notificações sobre a precariedade de instalações em suas agências e postos de atendimento.

A situação é grave em relação aos tesoureiros, cujas precárias condições de trabalho são provocadas pela falta de pessoal, desvio de função, extrapolação da jornada por conta de acúmulo de tarefas e pela demora na instalação de corredores de abastecimento dos terminais e caixas nas agências, o que vem comprometendo a saúde e a segurança desses trabalhadores.

Brasil afora, a política de expansão da rede em um ritmo acelerado tem gerado ainda outro tipo de problema: a inauguração de unidades sem condições mínimas de habitabilidade, diante da falta de equipamentos importantes e de condições físicas impróprias dos imóveis.

O abuso na gestão é também frequente em diversas unidades pelo país, causando em consequência pressão sobre os trabalhadores. A cobrança por venda de produtos e as metas inatingíveis, elementos propiciadores do assédio moral e outros tipos de violência, continuam sendo praticados impunemente. Essa situação causa reflexos danosos para a saúde mental e física dos empregados.

A luta por condições dignas de trabalho tem sintonia direta com a defesa do papel social da Caixa, com atuação no fomento à economia, na implantação de políticas públicas e na regulação do sistema financeiro nacional. Isso é fundamental para que a Caixa aprimore, cada vez mais, o seu caráter de banco público.

Fonte: Contraf-CUT com Seec Pernambuco