Em uma ação ousada, quatro bandidos armados com escopetas e pistolas desafiaram, no início da madrugada de quarta-feira, dia 16, mais uma vez a polícia de Campina Grande, na Paraíba. Passava de 1h quando o grupo invadiu uma indústria de calçados no Distrito Industrial, inaugurada há menos de um mês, e rendeu os vigilantes que faziam a segurança do local.

Os criminosos roubaram armas, aparelhos celulares, rádios comunicadores e o dinheiro de um caixa eletrônico do Unibanco, instalado no interior do estabelecimento. Se não bastasse a violência como os assaltantes agiram, na tentativa de encontrar a quadrilha policiais militares acabaram atirando contra o carro de um pastor evangélico. Os militares ainda foram acusados de terem espancado as vítimas, levando-as para a Central de Polícia da cidade.

Segundo a polícia, o quarteto chegou na indústria utilizando coletes semelhantes ao das polícias Federal e Civil e rendeu os vigias logo na portaria. Com as armas apontadas para as vítimas, a quadrilha entrou na indústria e arrombou, com a ajuda de um maçarico, um caixa eletrônico de um banco que funcionava no local. Depois disso, os assaltantes fugiram em um Corsa sedan branco, de placas não identificadas, em direção à Alça Sudoeste.

Policiais militares foram acionados e saíram na tentativa de identificar os bandidos. Entretanto, os militares confundiram o carro e ao se depararem com o veículo Palio branco, de placas MOV-1701, do pastor da Igreja Assembleia de Deus Arlindo Dias, perseguiram e efetuaram vários tiros em direção ao automóvel. Segundo a esposa do pastor, Socorro dos Santos Dias, o marido dela chegava em casa acompanhado do filho, Alex Santos Dias, na rua Sergipe, no bairro da Liberdade.

Socorro disse que durante a ação os dois veículos utilizados pela polícia não acionaram o ‘giroflex’ e antes mesmo de seu filho descer do carro os militares teriam disparado. "Eles estavam chegando em casa quando perceberam dois carros com as luzes altas e pensaram que era um assalto. Aí eles (a polícia) começaram a atirar e meu esposo não teve outra alternativa senão ir em busca do 2º Batalhão de Polícia Militar. Chegando aqui a violência foi pior. Eles foram jogados no chão e espancados mesmo se identificando como sendo pessoas de bem", relatou.

Enquanto isso, os bandidos fugiram sem deixar pistas e abandonaram o veículo utilizado no assalto no bairro do Mutirão, próximo à penitenciária do Serrotão. Os criminosos queimaram o veículo e utilizaram outro carro para fugir da cidade. "Pelo que foi informado, eles levaram todo o dinheiro, mas a gerência da instituição ainda vai fazer o levantamento hoje pela manhã, juntamente com a perícia do IPC", relatou o delegado plantonista Jorge Luiz, que ainda fez buscas na tentativa de localizar os bandidos, mas não obteve êxito.

Fonte: Jornal da Paraíba

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