Karoline Zilah
Mesmo com as prisões recentes de grupos especializados em assaltos a bancos no Nordeste, os criminosos não dão trégua e dão continuidade à onda de ataques às agências bancárias na Paraíba. Nos últimos dois dias, foram quatro ocorrências do tipo. As mais recentes aconteceram na madrugada desta segunda-feira (8) em Mataraca e Baía da Traição. Veja na reportagem do JPB 1ª Edição. {flv}1_1_20101108_010{/flv}
Devido à proximidade dos municípios e ao horário dos registros, a Polícia Civil não descarta a hipótese de que o mesmo grupo tenha praticado os roubos.
No sábado e no domingo, Boa Vista e Fagundes também tiveram caixas eletrônicos explodidos. No levantamento feito pelo Paraíba1, pelo menos 21 agências tiveram caixas detonados por dinamites somente este ano em todo o Estado.
Nos casos mais recentes, ocorridos nesta madrugada, a Companhia de Polícia Militar de Mamanguape recebeu um chamado por volta das 2h30, informando que o posto avançado de atendimento do Bradesco de Mataraca, no bairro Planalto II, havia sido totalmente destruído por uma explosão.
De acordo com o delegado plantonista de Rio Tinto, Ramirez de Almeida, um vigilante disse ter visto quando dois homens saíram de uma Saveiro de cor branca e arrombaram a porta de vidro do terminal de autoatendimento. Em seguida, eles instalaram explosivos no único caixa eletrônico do local e o detonaram. O impacto foi tão forte que destruiu o estabelecimento e comprometeu os imóveis comerciais vizinhos.
Cerca de meia hora depois, ocorreu um roubo em outra agência do Bradesco, agora no município de Baía da Traição, que fica a cerca de 20 minutos de Mataraca. Nesta nova investida, os bandidos utilizaram uma furadeira para violar o caixa eletrônico e retirar o dinheiro.
A Polícia Militar enviou equipes para fazer buscas nos municípios vizinhos em busca de suspeitos, mas ninguém foi preso até o momento.
As quantias roubadas dos dois bancos ainda não foram divulgadas pelos seus gerentes. O delegado Ramirez informou que convocou perícia nas duas agências para iniciar as investigações. Conforme os primeiros levantamentos do Instituto de Polícia Científica (IPC), o caso mais difícil de apurar será o de Baía da Traição, porque tudo ficou destruído no local, minimizando as chances de que as impressões digitais dos bandidos sejam encontradas.
Além do acompanhamento do delegado de Rio Tinto, que ouve informalmente testemunhas e moradores das regiões atingidas, os casos também foram comunicados ao Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil, responsável por investigar a atuação interestadual das quadrilhas de assalto a bancos.
Fonte: Paraíba1 / Karoline Zilah