Dentre as oito empresas brasileiras que integram a lista da Consultoria Ernst & Young das 300 maiores do mundo, quatro são bancos: Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Santander Brasil. O levantamento, segundo o jornal O Estado de S. Paulo, aponta ainda que de dezembro para cá três instituições nacionais entraram na lista, duas delas financeiras. A classificação baseia-se no valor das ações no fim do semestre.

O Itaú Unibanco ocupa o 76º lugar e é o primeiro banco brasileiro da lista. O Bradesco está em 120º, o Banco do Brasil ocupa a 204º posição e o Santander Brasil é o 254º. A melhor empresa brasileira é a Petrobras, em 8º, seguida pela Vale em 46º. A AmBev também aparece, em 147º lugar.

"Isso reforça que os bancos brasileiros pouco sentiram da crise internacional e continuam em pleno crescimento", diz o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino. "Mostra também que eles podem atender a todas as reivindicações da Campanha Nacional 2009", completa.

Petrobras

O primeiro lugar da lista é da chinesa Petrochina, seguida pela Exxon Mobil, ambas do setor petroquímico. A Petrobras é a única empresa brasileira entre as 10 maiores, com valor de mercado subindo de US$ 95,895 bilhões para US$ 164,818 bilhões. No levantamento anterior, ela ocupava o 37º lugar.

As norte-americanas e europeias perderam espaço na lista. O total de empresas dos Estados Unidos manteve-se estável, mas com perdas de posições. Já o número de instituições do Velho Continente caiu de 110 para 95.

Crescimento

O ganho de força dos bancos brasileiros no mundo é reflexo também da recuperação geral da economia do Brasil, atestada pelos próprios banqueiros. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, representantes do Bradesco e do Itaú Unibanco já cravam que a recessão no país acabou, e desde maio.

Segundo o Bradesco, naquele mês, o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre apontava um crescimento de 1,7% em relação aos primeiros três meses deste ano. Até abril, os resultados eram negativos. O Itaú Unibanco aponta que em maio houve uma alta de 2,3% em relação a abril, que, segundo economistas do grupo, também recuou em abril.

"Isso demonstra que os bancos estavam errados quando elevaram as provisões de pagamentos duvidosos em seus balanços. Sempre dizíamos que o setor deveria apostar no país, injetando crédito e não retendo, e assim contribuir para o crescimento econômico", disse o presidente do Sindicato Luiz Cláudio Marcolino.

"Esperamos que agora os bancos, que não só reconhecerem mas também estão projetando a elevação do PIB, tenham a mesma postura na mesa de negociação e respondam positivamente nesta campanha salarial, com o fim das demissões, ampliação dos postos de trabalho, aumento real dos salários e Participação nos Lucros e Resultados mais justa", completou.

Fonte: Seeb São Paulo com Folha de S.Paulo e Estadão

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