“Tivemos uma conquista no caso da Previdência, mas precisamos continuar vigilantes, porque a ofensiva aos direitos e ao patrimônio dos brasileiros não vai parar; pelo contrário, será intensificada pelos golpistas”, afirma a coordenadora do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas e representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, Rita Serrano, que nesta semana realiza reuniões com os empregados do banco (foto anexa) para tratar desses e outros temas relativos aos trabalhadores.A resistência dos trabalhadores à reforma da Previdência foi vitoriosa e levou o governo ilegítimo de Michel Temer a recuar. No entanto, na mesma data em que a reforma deixou de ser prioridade, nesta segunda, 19, nova pauta incluindo 15 projetos da área econômica revela que os golpistas agora reforçam o ataque às privatizações, ao Fundo Soberano e funcionamento do Banco Central, entre outros itens.

Privatizações – Assim como ocorreu com a Previdência, o projeto de repassar a Eletrobrás ao setor privado deverá incluir campanha nacional em defesa da proposta. Ele está entre os mais ambiciosos do governo Temer nas privatizações, mas muitas outras empresas estão na lista, entre elas a Caixa, com seus ativos, como a Lotex, seguros e cartões. Já a autonomia do BC foi debatida nas eleições de 2014 com o argumento de que uma menor interferência do Executivo seria positiva, mas o tema é bastante polêmico, já que a instituição não pode ser usada para beneficiar interesses privados.

“E o fim do Fundo Soberano, proposto pelos golpistas, prejudicaria o desenvolvimento de várias regiões importantes do País, entre as quais o Nordeste, Norte e Centro-Oeste, além dos bancos que administram esses recursos, como o BB, BNB, BASA e BRB”, avalia Rita. A pauta de prioridades, que foi apresentada pelo governo nesta segunda, 19, inclui ainda “simplificação tributária”, relativa aos impostos PIS e Cofins, programa de “recuperação e melhoria nas estatais”, do PL 9215 (que trata da situação de dependência e do plano de recuperação e melhoria empresarial aplicável às estatais federais e restringe direitos dos empregados), e nova lei de finanças públicas (PL 295), entre outros itens. “Temos que estar atentos e deixar claro aos parlamentares que quem se posicionar a favor das mudanças que penalizam os trabalhadores não terá nosso voto nas eleições de outubro”, destaca Rita Serrano.

Fonte: Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas