Segundo informações da direção do banco, a reestruturação reduzirá o número de Superintendências (Sure) de oito pra seis (as Sure passarão a se chamar Superintendências Nacionais de Varejo – SUV). As superintendências regionais também serão reduzidas das atuais 84 pra 54. Em São Paulo serão reduzidas das atuais 18 para nove.
O resultado da reestruturação – que já vem sendo implantado desde 2016 – é uma incógnita. Mas analisando este processo que visa a segmentação e a verticalização (priorização de clientes de rendas mais elevadas), e que prometia o fortalecimento da Caixa frente à concorrência, o que se verificou foi exatamente o contrário: o banco público perdeu mercado para os bancos privados. O Santander e o Itaú, por exemplo, ganharam espaço no mercado de crédito, com destaque para o empréstimo imobiliário.
Aliado a isso, o lucro da Caixa tem dependido cada vez menos das operações bancárias, como oferta de crédito, e mais da venda de ativos e de operações de tesouraria, como venda de títulos (ITVM), e comercialização de ações (Petrobras), ou com a imposição de um teto de gastos para o Saúde Caixa.
A direção do banco também nega que a venda de ativos significa a privatização do banco. “Na verdade é uma sabotagem ao banco público, porque por um lado se cria uma narrativa de que a venda de ativos irá capitalizar o banco, mas por outro, se descapitaliza o banco passando para o Tesouro o capital adquirido com a venda de ativos, como o que a direção pretende com o IHCD”, alerta o dirigente.
“Os empregados encaram um cenário de incertezas diante da sinalização de um novo aprofundamento da reestruturação que, ao que tudo indica, irá resultar em mais descomissionamentos e em um encolhimento ainda maior da Caixa. É fundamental que os trabalhadores se posicionem sobre o processo e se mobilizem”, afirma Dionísio Reis coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa).