Muito se discute sobre a Reforma Trabalhista, que foi aprovada no dia 26 de abril, pela Câmara dos Deputados. O governo ilegítimo de Michel Temer defende a proposta como solução para o déficit financeiro do Brasil e reafirma a promessa ilusória de gerar mais empregos e alavancar a economia. Por outro lado, uma grande parte da população brasileira ainda não sabe que a medida é uma ameaça para os trabalhadores e pequenos e médios empresários, além de ser um enorme retrocesso ao país.
Com cerca de 100 artigos da constituição alterados, a Reforma Trabalhista estabelece um “comum acordo” entre o empregado e empregador. Ou seja, o empregador fica livre para fazer a proposta de trabalho que ele quiser e o empregado sujeito a uma negociação sob pressão e sem limites.
Com isso, os salários passam a ser reduzidos. Quem trabalha até 30 horas por semana pode ganhar um salário inferior ao mínimo. Essas mudanças, de fato, refletem na economia do país. Uma vez que os cidadãos perdem o poder de compra, por consequência da redução dos salários, deixam de frequentar os grandes centros comerciais, restaurantes e locais de lazer e entretenimento.
Nesse caso, até as pequenas e médias empresas saem prejudicadas. A falta de poder aquisitivo das pessoas enfraquece a economia, além de contribuir para a falência do comércio.
A proposta muda também a expectativa de vida da população. A jornada de trabalho passa a ser flexível – a carga horário aumenta de 8 para 12 horas diárias e o intervalo diminui para apenas 30 minutos – e as férias podem ser divididas em 3 vezes, de acordo com a decisão do empregador. Tudo isso contribui para o cansaço físico do trabalhador, que aumenta os riscos de doenças, acidentes e até mortes.