Em audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (23), na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o relator do PLC 38/2017 (reforma trabalhista), senador Ricardo Ferraço (PSDB/ES), disse que após a audiência entregaria seu relatório sobre o projeto. Deputados que defendem os interesses da classe trabalhadora protestaram contra a decisão, uma vez que o próprio relator havia dito que a tramitação seria suspensa.
“Eu fico me perguntando o que estou fazendo aqui, se o próprio relatou informou que já tem o relatório para apresentar hoje”, questionou o professor Marcio Pochmann, do Instituto de Economia da Unicamp, um dos convidados a prestar informações durante a audiência.
Deputados contrários ao projeto disseram que impediriam a leitura do relatório durante a reunião da CAE.
Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Roberto von der Osten, a volta da tramitação já era prevista. “Quando do anúncio da suspensão da paralisação já havia recomendado para que ficássemos alertas e não arredássemos pé da rua, pois essas reformas são muito prejudiciais à classe trabalhadora. Mas, os empresários querem a aprovação tanto da reforma trabalhista, quanto da Previdência. Vão cobrar essa fatura dos deputados e senadores que tiveram suas campanhas financiadas pelo empresariado”, disse.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), juntamente com outras centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocaram a população para irem à Brasília nesta quarta-feira (24) e ocuparem as ruas para protestar e pressionar os deputados e senadores a não aprovarem as propostas do governo Temer de reformas trabalhista e da Previdência.
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