Três profissionais da City de Londres, incluindo executivos graduados do Deutsche Bank e do BNP e um operadora da Moore Capital, estavam entre as pessoas que foram presas sob a suspeita de estarem envolvidas no que a FSA caracterizou como uma coligação de troca de informações privilegiadas "sofisticada e que operava há bastante tempo".
As autoridades reguladoras britânicas intensificaram seu ataque ao "insider trading" nos últimos meses, em meio à crença crescente de que os casos de coerção mais visíveis configuram a maneira de maior credibilidade para conter o abuso sistêmico do mercado.
Há duas semanas, a FSA conseguiu sua primeira condenação criminal de um "insider" da City pela prática do "insider trading", quando Malcolm Calvert, sócio aposentado da Cazenove foi sentenciado a 21 meses de cadeia por passar dicas de uma fonte da instituição em que ele havia trabalhado para um amigo que fez negócios com base na informação.
A Moore Capital, que administra US$ 15 bilhões em ativos de clientes, é uma das maiores e mais influentes administradoras de fundos de hedge do mundo, fundada há 24 anos pelo lendário operador Louis Bacon.
Pessoas a par da investigação confirmaram que Julian Rifat, um operador que executava negócios com ações para a Moore em Londres, foi preso na manhã de ontem. Segundo as fontes, a FSA está investigando negócios realizados por Rifat através de sua conta pessoal e o capital próprio do fundo de hedge não está envolvido. "A Moore está cooperando totalmente com a FSA na investigação", disse o fundo. "O funcionário foi suspenso, no aguardo dos resultados da investigação." Rifat não foi encontrado para comentar.
O funcionário do BNP que foi preso, Clive Roberts, é diretor de negócios de venda na Europa da Exane BNP, uma joint venture do banco francês na área de corretagem de valores. "Confirmamos que um funcionário da firma foi preso", disse o BNP. "Estamos cooperando com as autoridades." O Deutsche Bank disse apenas: "Estamos cooperando com as autoridades."
Fonte: Financial Times