Agora banespianos aguardam julgamento do recurso sobre o serviço passado
Mais uma vez o Santander demonstrou seu descaso com os participantes e assistidos do Plano II do Banesprev. Terminou sem acordo a reunião realizada na Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), em Brasília, na manhã desta segunda-feira, dia 6, realizada com o intuito de apresentar os estudos feitos no Plano II no sentido de evitar o aparecimento de novos déficits.
O banco propôs a criação de um grupo de trabalho para discutir o assunto. O problema é que ele costuma usar os GTs como instrumento para enrolar trabalhadores e órgãos de fiscalização. E essa não seria a primeira vez. Ele já fez isso com a reforma estatutária do Banesprev no que diz respeito à sétima vaga do Conselho Deliberativo – que está pendente há anos – e mais recentemente faz com o que debate SantanderPrevi.
Durante a reunião, o presidente do Banesprev, Jarbas de Biagi, e a representante do banco no Conselho Deliberativo do Fundo, Maria Cristina Carvalho, disseram estar solucionado o déficit no Plano II e que os participantes têm pago o rateio de forma tranquila e sem problemas.
"Não é isso que temos escutado dos colegas que entram em contato conosco relatando estarem com a corda no pescoço por causa dessa contribuição extraordinária. Muitos estão com grande dificuldade de continuar a pagar", disse em resposta, o presidente da Afubesp e conselheiro deliberativo eleito, Paulo Salvador.
O que vem por aí
A diretoria de Fiscalização da Previc informou que o recurso e os adendos da denúncia protocolada pela Afubesp, pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo e demais entidades sindicais sobre o serviço passado do Plano II será instruído e remetido à diretoria plena da autarquia para ser julgado.
Dessa forma, o próximo passo é aguardar a decisão final da Previc para posteriormente serem tomadas as providências cabíveis.
Os documentos levantados pelas entidades comprovam a existência do serviço passado com a criação do Plano I do Banesprev, em 1987. "A pergunta que fica é onde foi parar o serviço passado, visto que o Plano II nasceu da migração do primeiro?", indaga Walter Oliveira, secretário-geral da Afubesp e integrante do Comitê Gestor do Plano II.
Também presente na reunião, a diretora da Afubesp e do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Maria Rosani, enfatiza: "independente da decisão da Previc, não abriremos mão dos nossos direitos. Lutaremos até o fim, inclusive, na Justiça".
Fonte: Érika Soares – Afubesp