O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que inclui as matérias-primas brutas, teve variação de 0,63%, em dezembro, ante l,84% do mês anterior. E de 13,90%m, no ano acumulado desde janeiro. Entre alguns itens deste subgrupo que mais subiram de preço este ano estão o algodão (110,58%), o minério de ferro (90,93%) e o milho (37,61%).
A procura por essas commodities deverá continuar forte, no ano que vem, prevê Quadros. Mas como a China, grande consumidora no mercado internacional, terá de tomar medidas para controlar a inflação, o economista acredita que isso diminuirá, momentaneamente, a pressão sobre as cotações. "O mundo vai continuar volátil e a China deve desacelerar a sua economia".
Ele afirmou ainda que pode ocorrer alguns "sustos" como elevações por questões climáticas. No entanto, "o aumento forte não vai se repetir". Em 2009, por exemplo, a quebra de safra da cana-de-açúcar na Índia, implicou em alta dos preços do açúcar.
Em 2010, os principais reajustes com impactos inflacionários, conforme o economista, foram identificados dentro do conjunto do Índice de Preços ao Consumidor – o filé-mignon (56,81%); o leite tipo longa vida (24,11%), a tarifa de ônibus urbano (11,47%) e os planos de saúde (5,77%).
Para Quadros, o único componente do IGP-M que ainda permanecerá sob pressão é o Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), mas por conta da escassez da mão de obra. Em dezembro, o INCC atingiu 0,59% ante 0,36%, em novembro e, no ano, alta de 7,58%, bem acima de 2009 (3,22%). E só a mão de obra subiu 9,91% ou 2,29 pontos percentuais maior do que no ano passado.
Fonte: Agência Brasil / Marli Alves Moreira