Assédio Moral |
Saúde bucal: o papel do odontólogo Artigo da cirurgiã-dentista Adriana Marques |
Saiba mais sobre estas doenças tão comuns, mas fáceis de serem evitadas. |
Saúde bucal: o papel do odontólogo*
A Saúde tem sido definida como o estado de bem-estar físico, mental e social, mais especificamente, a ausência da doença. Nenhuma pessoa pode ser considerada saudável se alguma parte de seu corpo está alterada. A Odontologia ultimamente tem dirigido grande parte de seus esforços no sentido de evitar a recorrência das doenças bucais, principalmente a “doença gengival” e a “cárie dentária”, as mais freqüentes.
Sabemos por diversos estudos que doença gengival é universalmente encontrada em mais de 90% da população. Responsável pela perda dos dentes após os 35 anos, ela pode ser encontrada em qualquer faixa etária, independen-temente da raça, do sexo, nível sócio-econômico etc. Atualmente, é difícil encontrar completamente livre alguma forma de doença gengival.
Com relação à cárie dentária, pode-se afirmar que 90% das crianças de 15 anos de idade apresentam 1/3 de seus dentes afetados, dado esse que aumenta na população adulta. A cárie dentária é a principal causa da perda dos dentes até a idade de 35 anos. Ela também tem uma incidência predominante na infância e adolescência, enquanto que a doença gengival, com alguma prevalência em grupos mais jovens, tem impacto maior na vida adulta.
Essas doenças dentárias, embora evitáveis, ainda provocam uma série alarmante de transtornos estéticos, sociais e econômicos à população. São doenças infecciosas e transmissíveis, em que a população deve estar conscientizada do papel das bactérias bucais (placa bacteriana), seu desenvolvimento e o que fazer para evitar que elas ocorram.
A missão do profissional de Odontologia é dar uma contribuição prática e útil na orientação da prevenção da cárie dentária e doença gengival, bem como, tratamentos curativos quando da instalação desses problemas, desde os estágios iniciais até chegar a complicações mais sérias. A motivação e oportunidade da população a essa informação são pontos de partida para a promoção da saúde e conseqüente bem-estar.
Adriana Marques, cirurgiã-dentista
O Sindicato dos Bancários da Paraíba, preocupado com a saúde de todos os seus associados, apresenta um amplo material sobre LER/Dort, uma nova forma de denominar as doenças causadas por lesões oriundas de posturas ou trabalhos repetitivos.
LER/Dort: o que são?
A sigla LER – Lesões por Esforços Repetitivos – foi criada para identificar um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços e braços) e eventualmente membros inferiores e coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e lombar) e que têm relação direta com as exigências das tarefas, ambientes físicos e organização do trabalho.
A sigla Dort é a mais nova terminologia adotada pelo INSS e tenta ampliar o conceito da doença para distúrbios inflamatórios e/ou oriundos da compressão de nervos, provocados por atividades que exigem do trabalhador uma sobrecarga física: movimentos manuais repetitivos, continuados, rápidos e/ou vigorosos e posturas inadequadas por um longo período de tempo. E atividades no trabalho que demandam também sobrecarga psíquica: ritmo intenso de trabalho, existência de pressão e autoritarismo de chefia e mecanismos inadequados de avaliação, punição e controle da produção dos trabalhadores.
Atualmente convencionou-se utilizar as duas terminologias, escrevendo no diagnóstico LER/DORT.
Doença do trabalhador
O aparecimento das LER/DORT como doenças do trabalhador está ligado ao modo como o trabalho é organizado em nossa sociedade. De olho nos lucros, o capital prioriza a diminuição dos custos de produção, redução do emprego e o aumento da produtividade. Para isso, introduz novas formas de organização, nova tecnologia e equipamentos sem levar em conta a conseqüência para a saúde de quem trabalha.
Na prática, isso tem significado a limitação da autonomia dos trabalhadores sobre os movimentos do próprio corpo e redução de sua criatividade e liberdade de expressão. As LER/DORT são o efeito mais evidente de todo esse processo.
Fatores de risco
Trabalho automatizado, em que o trabalhador não tem controle sobre suas atividades (caixa, digitador, operador de telemarketing e outros).
– Obrigatoriedade de manter o ritmo acelerado para garantir a produção;
– Trabalho fragmentado, em que cada um exerce uma única tarefa de forma repetitiva;
– Trabalho rigidamente hierarquizado, sob pressão permanente das chefias;
– Número insuficiente de funcionários;
– Jornadas prolongadas de trabalho, com freqüente realização de horas extras;
– Ausência de pausas durante a jornada de trabalho;
– Trabalho realizado em ambientes frios, ruidosos e malventilados;
– Mobiliário inadequado (cadeiras, mesas etc.) que obriga a adoção de posturas incorretas do corpo durante a jornada de trabalho.
Tipos de LER/Dort
Tenossinovite
Inflamação do tecido que reveste os tendões
Tendinite
Inflamação dos tendões
Epicondilite
Inflamação das estruturas do cotovelo
Bursite
Inflamação das bursas (pequenas bolsas que se situam entre os ossos e tendões da articulações do ombro)
Miosites ou síndrome miofascial
Inflamação dos músculos de forma isolada ou várias regiões do corpo
Síndrome do túnel do carpo
Compressão do nervo mediano na altura do punho
Síndrome cervicobraquial
Compressão dos nervos na coluna cervical
Síndrome do desfiladeiro torácico
Compressão do plexo (nervos e vasos) na região da 1ª costela
Síndrome do ombro doloroso
Compressão de nervos e vasos na região do ombro
Doença de Quervain
Inflamação da bainha do tendão do polegar
Cisto sinovial
Tumoração esférica no tecido ao redor da articulação