BRASIL
O Santander também voltou a negar a venda de parte do banco no Brasil. "Santander não compra Bradesco", ironizou Botín ao ser questionado sobre a possibilidade de seu banco ser vendido.
Executivos do banco afirmam que não faz sentido vender participação no Brasil, país que hoje responde por cerca de 29% do lucro do grupo. As operações na América Latina respondem por 53%.
O Santander deverá vender uma pequena parte de suas ações até o final do ano para cumprir as regras da Bovespa e atingir o grau de nível de governança, que exige que o banco detenha, no máximo, 75% de seus papéis. Hoje o banco tem 75,9% das ações. Cerca de 4% pertencem a um fundo do Qatar e o restante é negociado em Bolsa.
José Antonio Álvarez, diretor financeiro do grupo, afirmou que o Santander pode se desfazer de negócios considerados colaterais, ou seja, que não estão diretamente ligados ao banco – como fez com as operações de seguros, vendidas à Zurich em 2011.
No primeiro trimestre do ano, o banco lucrou R$ 1,766 bilhão no Brasil, um crescimento de 7,5% sobre o período anterior.
CRISE
Repetindo a mesma fala dos últimos dias, o Santander voltou a afirmar que está sólido e que não irá precisar de recursos públicos para contornar a crise. Botín afirmou que as provisões feitas serão suficientes para sanar possíveis problemas causados pela piora na carteira de crédito imobiliário.
Ainda sobre a ajuda do governo espanhol aos bancos, ele afirmou que o sistema financeiro do país sairá fortalecido após o socorro oferecido às instituições deficitárias.
Fonte: Folha.com